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RIO DE JANEIRO
Além de remover centenas de famílias, obra do Maracanã foi superfaturada
Juan Chirioca
RIO DE JANEIRO

O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) estimou que as obras de reforma feitas no Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 tiveram um superfaturamento de cerca de R$211 milhões.

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No último domingo (12), o programa Fantástico da Rede Globo revelou a informação de que o Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) estimou que as obras de reforma feitas no Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 tiveram um superfaturamento de R$211 milhões, em valores atuais do mercado. O dinheiro superfaturado foi desviado através da aquisição de produtos e serviços. A reforma do estádio foi feita pelo Consórcio Maracanã, formado pelas empresas Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta Engenharia, que venceram a licitação da obra.

O custo total da obra da reforma do Maracanã chegou aos R$1,2 bilhão, quase duplicando o orçamento original apresentado pelo consórcio de R$700 milhões. A investigação realizada pelo Tribunal de Contas revelou irregularidades como termos aditivos suspeitos e itens gastos em duplicidade. A investigação do TCE mostrou que as irregularidades estiveram presentes desde o começo do projeto, apresentando várias modificações nos custos de alguns itens nas planilhas. Além disso, o próprio projeto básico levanta suspeitas, segundo foi afirmado no Fantástico, pois o projeto básico inicial era "impreciso", o que significou inúmeras modificações na hora da execução.

Como primeira medida o TCE-RJ determinou que deverão ser suspensos todos os contratos que o governo do estado do Rio de Janeiro tem com as empresas envolvidas no desvio de verbas, assim como a suspensão dos pagamentos destes contratos.

Na sexta-feira passada o Ministério Público entrou com uma ação civil contra as empresas responsáveis pela reforma do Maracanã junto com o bloqueio dos bens dos funcionários públicos envolvidos acusados de improbidade administrativa, que segundo a investigação do TCE são 9. Também foi pedido a devolução de aproximadamente R$200 milhões pelas empresas que conformam o consórcio.

O superfaturamento na obra do Maracanã se soma aos casos que expressam grandes interesses empresariais com grandiosas obras como as da Copa: garantir o lucro dos capitalistas e, sempre que possível, aumentá-lo com a corrupção. A Copa do Mundo, que gerou desgraça para tantas famílias Brasil à fora, que foram arbitrariamente removidas de suas casas, também gerou prejuízo, com desvio de dinheiro público que poderia ser aplicado em saúde e educação e moradia.

 
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