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RIO DE JANEIRO
Crise: qual a saída pra UERJ?
Faísca UERJ

Estamos no primeiro trimestre de 2017, mas ainda sem perspectivas de terminar o ano letivo de 2016 na UERJ. A universidade, que desde o último ano vem passando pela pior crise de sua história, volta a ser notícia nos grandes veículos de mídia por conta da situação alarmante e sem perspectiva de melhorias, que acarretou no 8° adiamento das aulas que deveriam ter começado em janeiro.

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Em matéria transmitida no dia 10 de março, pelo “Bom Dia Rio” que entrevistou a Sub-reitora de graduação da UERJ, Tânia Carvalho, onde a mesma chorou durante a entrevista, foi perceptível o sentimento que tem tomado os corredores da universidade: resignação

A grave crise da universidade, somada à crise do estado do Rio, onde o governador Pezão vem cortando da saúde e educação, além de avançar rumo à privatização da CEDAE para manter o privilégio dos políticos e os lucros dos empresários, vem nos colocando um desafio muito maior que lutar pela volta às aulas no CAP, onde os alunos estão a 8 meses sem aula, e na UERJ: lutar pela educação pública de qualidade, sem privatização e ou terceirização, com permanência estudantil e condições de trabalho dignas e barrar o pacote de ataques de Pezão e Temer.

Reitoria e sua responsabilidade com a precarização da universidade

Desde o processo eleitoral da Reitoria ficou evidente que o projeto de universidade defendido pelo então candidato à Reitor, Ruy Garcia, não era o mesmo que defendemos. E mesmo agora, quando aparentemente estamos do mesmo lado em defesa da UERJ, a Reitoria é a primeira a deixar a passividade tomar conta de todos, convocando Fóruns de Diretores, que nunca antes foram deliberativos, para a cada semana avaliar a situação da UERJ “esperando um milagre” que mude a realidade da universidade em uma semana.

Esta mesma Reitoria que diz estar em defesa da UERJ não abre o livro de contas da universidade para mostrar qual a situação real em que a UERJ se encontra. Não fala sobre a fonte de receita própria da UERJ, como a Fonte Dez, que é referente ao aluguel dos espaços internos para eventos como Teatrão,estacionamento, Capela Ecumênica e feiras etc. Este dinheiro poderia estar sendo utilizado para pagamento dos serviços básicos da universidade, como limpeza e manutenção, que tiveram 300 (somente da limpeza) trabalhadores terceirizados demitidos nesta semana.

DCE tem que romper com o imobilismo

A gestão do Diretório Central dos Estudantes é um dos principais responsável pelo clima de desespero e desânimo estar tomando o espaço do que deveria ser da organização da luta e da resistência.

Nem a convocação das assembleias e atos, ou a disponibilização do dinheiro para o custeio da passagem dos alunos que estão sem bolsa poderem comparecer às atividades de mobilização, grana esta que é dos estudantes e devia estar a serviço da luta da UERJ e dos trabalhadores, que é o mínimo que um DCE pode fazer, tem sido feito. Pelo contrário, o PT e do Pcdo B no DCE atuam pra desmoralizar estudantes. Não levam a frente as deliberações votadas em assembleias, construindo espaços esvaziados, já que não divulgam ou dão pouco peso para a construção de ato e assembleias.

Atuam conscientemente como freio das lutas na universidade, não armando os estudantes para construir uma mobilização independente dos governos, iludindo-os que pela via das negociatas parlamentares seja possível barrar os ataques que estão por vir. Tal como fez quando souberam do veto ao aumento anual das bolsas dos estudantes, que constava no projeto de lei votado para a saída da greve, organizaram uma ida aos gabinetes dos deputados ao invés de organizar uma grande mobilização dos alunos. Exigimos que o DCE coloque todo seu peso e suas forças para construir uma luta massiva em defesa da UERJ e contra os ataques.

Quais são as saídas para crise da UERJ e do Rio?

A saída para a crise da UERJ não será um caminho fácil. Por que a sua abertura e funcionamento se liga a necessidade de uma luta estadual, já que a UERJ será afetada, ainda mais, caso o pacote de maldades do Pezão seja aprovado na Alerj, e faz parte de um contexto nacional de precarização da educação pública que tem afetado diversas universidades, como a USP. Por isso a necessidade de unificar a luta dentro da universidade com todos os setores que têm lutado contra os ataques do Pezão. Pois o governo do Pezão atua junto à Temer para fazer do Rio de Janeiro, com o pacote de maldades e a privatização da CEDAE, um balão de ensaio de profundos ataques aos trabalhadores e ao povo pobre que querem fazer no país todo.

Por esta razão,propusemos na assembleia do Serviço Social, onde nós dirigimos proporcionalmente o Centro Acadêmico, a construção de um encontro em defesa da UERJ com mesas de debates com as entidades da UERJ, os trabalhadores em luta, com grupo de discussão, construído por alunos, técnicos, professores, aberto a toda comunidade acadêmica, as entidades de representação d Serviço Social, para assim debater os rumos da UERJ e construir desde as bases um forte movimento. Está é uma iniciativa que deveria se expressar em toda a UERJ com o conjunto das categorias e de suas direções e a qual nós da Faísca estamos defendemos nos espaços deliberativos.

Para isso seria fundamental que todas as entidades representativas de estudantes, docentes e funcionários, como ASDUERJ, SINTUPERJ, DCE e CAs, colocassem seu peso para uma organização unificada, com o chamado para um encontro em defesa da UERJ, em que todos (estudantes, professores, funcionários efetivos e terceirizados, pais, alunos e professores do CAP, a comunidade que utiliza serviços de extensão) pudessem participar para debater as medidas de resistência contra os ataques à universidade: E votar um plano de luta que supere o imobilismo, e efetivamente debata uma saída de fundo para a crise da UERJ, que ligue a universidade a todos os setores que também estão sendo atacados, como os trabalhadores da CEDAE.

E para que a esse encontro não seja só mais um evento desses que são feitos na universidade, é imprescindível que os parlamentares do PSOL, e principalmente o deputado Marcelo Freixo que possui um capital político enorme, inclusive, com uma votação expressiva entre os setores das universidade também convoquem esse encontro. E também as centrais sindicais como a CTB que dirigem o SINTUPERJ e a CEDAE, dentre outras categorias, para construir uma grande campanha em defesa da UERJ, que pode ser o início de um grande movimento que precisamos colocar de pé, unificando os trabalhadores, e organizada pela base para barrar o pacote e os ataques, que construam plenárias nos nos locais de trabalho e estudo para que massifiquemos a luta, para que possamos ser milhares de pessoas nas ruas contra os ataques!

Essa é a contribuição que nós do coletivo Faísca, que estamos presentes em vários cursos da UERJ, queremos dar para que possamos superar o cenário de apatia que visualizamos atualmente na UERJ. Acreditamos que este cenário não será superado por fora de reacendermos os debates sobre os rumos da Universidade, da Educação pública e da crise que enfrentamos hoje no Estado. E mais, para que esse cenário seja superado, precisamos que cada entidade, cada parlamentar, cada coletivo coloque todas as usas forças para construção de uma luta em defesa da UERJ e do CAP que conquiste todos os setores da sociedade para a defesa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pois precisamos ser dezenas de milhares para lutar contra o pacote de maldades do Pezão, e os ataques do governo golpista de Temer!

 
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