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LUTA POR MORADIA
Esta terça poderá ser o marco de uma tragédia em Osasco
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Em fevereiro de 2014 centenas de famílias ocuparam um terreno próximo ao Rodoanel na região de Osasco. De repente, o acampamento se expandiu, os barracos foram se espalhando e hoje mais de 2000 famílias estão numa área de mais de 800 mil metros quadrados que sequer sabe-se quem é de fato o dono.

A empresa Dias Martins S/A Mercantil e Industrial diz que a área é dela e para assegurar isso afirma que “a área está cercada e com vigilância". O processo judicial é complexo, pois envolve a Prefeitura de Osasco e a Concessionária privada do Rodoanel.

Mas em vez de transformar a área em um projeto de moradia popular, mais uma vez a resposta para resolver esse grave problema social, foi a política da “força e da bala”. Amanhã, dia 09 de junho, está anunciado que ocorrerá o despejo forçado e sem qualquer alternativa de solução pacífica para a retirada das mais de 2000 famílias do local.

Quem irá pagar a conta hoje, mais uma vez, serão os trabalhadores, sem teto e sem direito ao respeito mínimo, pois em vez de moradia digna, a madrugada deverá ser sombria, com milhares de policiais militares cercando toda a região e violentando as mulheres, crianças e homens que como única opção organizam a luta para tentar viver e sobreviver.

Nós, do Luta Popular, que organizamos a Ocupação Esperança, também em Osasco e que avizinhamos a Ocupação Nelson Mandela dos olhos de nosso pôr do sol, pois o que nos divide é o morro ou a quebrada em que cada um constrói a sua comunidade, nos solidarizamos aos lutadores de “Mandela” e denunciamos que qualquer conflito que ocorrer amanhã é culpa do governo federal que aplica um ajuste contra os trabalhadores, que corta milhões de reais dos programas sociais, incluindo, aqueles do Ministério das Cidades que deveriam servir para a reforma urbana, mas também do governo de Alckmin que tem como única política o envio da sua polícia militar para reprimir a luta pela moradia, assim como fez no episódio do “Pinheirinho”, demonstrando, mais uma vez que odeia os pobres e, ainda, da Prefeitura de Osasco que não encontrou uma saída pacífica para o caso e, por fim, do judiciário que autoriza tudo isso.

As famílias ocupantes prometem resistir. Se alguém for ferido ou morto amanhã, já sabemos quem são os responsáveis. Aqueles que oprimem e exploram o povo que luta.

Estamos com “MANDELA”. É preciso suspender imediatamente o despejo e abrir um processo democrático de negociação que contemple o direito à moradia dessas famílias.

Movimento Luta Popular

 
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