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8 DE MARÇO
8 de março: que a terra trema!
Andrea D’Atri
@andreadatri

No próximo Dia Internacional das Mulheres, nossa história recobrará novo impulso. Milhões em todo o mundo sairão às ruas para protagonizar uma grande jornada de luta.

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Tradução de Ana Laura Horbach

No próximo Dia Internacional das Mulheres, a história carregada de lutas pelos nossos direitos mais elementares, recobrará novo impulso. Mais de cem anos depois que a socialista Clara Zetkin propôs comemorar este dia, milhares de mulheres sairão às ruas, farão greves, comícios, atos e mobilizações em diversos países.

Sob o impacto das mobilizações massivas das mulheres que se iniciaram em 2015, como na Polônia contra as restrições ao direito ao aborto, as do #NemUmaMenos na Argentina ou as que acompanharam em todo o mundo as mulheres norte-americanas em seus protestos contra as declarações misóginas de Donald Trump, fartas da violência machista, dos feminicídios, das mortes por abortos clandestinos, do tráfico de mulheres, da discriminação no trabalho, da dupla e até tripla jornada de trabalho, milhares de mulheres marcharam em mais de 40 países da Europa, Ásia e América.

Sua luta, como sucedeu muitas vezes na história, será, sem dúvidas, um canal pelo qual se expressará não apenas a reivindicação por demandas próprias das mulheres, mas também o descontentamento de milhões de trabalhadores e estudantes com as políticas de austeridade, ajuste e precarização da vida que a classe dominante e seus governos de turno estão descarregando sobre os nossos ombros para manter os seus lucros.

Isso ficou demonstrado no último 21 de janeiro quando mais de 3 milhões de pessoas nos Estados Unidos e na Europa acompanharam a Marcha das Mulheres norte-americanas, que foi, sem dúvidas, a primeira manifestação massiva de grande envergadura contra o governo direitista de Donald Trump.

Essas mulheres, que se puseram de pé no coração do imperialismo, demonstraram que há ânimo para resistir contra os governos que nos condenam a ser as mais pobres entre os pobres, as mais oprimidas entre os oprimidos. Sobre essa força que começa a emergir em diversos países, um grupo de mulheres reconhecidas no âmbito acadêmico e no feminismo norte-americano fazem um chamado à construção de um novo feminismo anticapitalista que seja para “99% das mulheres”.

será, sem dúvidas, um canal pelo qual se expressará não apenas a reivindicação por demandas próprias das mulheres, mas também o descontentamento de milhões de trabalhadores e estudantes com as políticas de austeridade, ajuste e precarização da vida que a classe dominante e seus governos de turno estão descarregando sobre os nossos ombros para manter os seus lucros.

Para nós, socialistas revolucionárias, essa convocatória não nos é alheia. Cremos que abre as portas a um debate promissor e imprescindível, sobre qual é a estratégia e o programa político que deve assumir a luta das mulheres contra o capitalismo patriarcal no marco desta nova situação mundial, marcada pela crise capitalista, pelos governos populistas da direita e por outros fenômenos políticos que pretendem levantar bandeiras de reformas ao mesmo sistema em que vivemos exploradas e oprimidas. Obriga que nós mulheres que lutamos pela nossa emancipação pensemos quais são as alianças que temos que privilegiar e de que maneira faremos com que sejam milhões de trabalhadores e trabalhadores - a imensa maioria da população mundial - a tomar em suas mãos essas bandeiras.

Nós, mulheres do Pão e Rosas, presentes na Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Uruguai, México, Venezuela, Espanha, França, Alemanha e Estados Unidos, interviemos neste debate aberto desde a nossa própria experiência militante nos movimentos de mulheres dos nossos países e também com nossas ideias, programa e estratégia, que concentram as experiências que herdamos de outras gerações de revolucionários e revolucionárias marxistas, como as que no dia 8 de março de 1917 deram início à Revolução Russa, a experiência mais avançada da história de luta da classe operária e outras tantas e tantos que nos precederam na luta para derrubar este regime social podre baseado na exploração e na opressão.

Como parte deste grande desafio, até o dia 8 de março estaremos desenvolvendo uma intensa atividade para transformar a #greveinternacionaldemulheres em um fato ressonante, ao mesmo tempo em que impulsionamos a organização das mulheres independente dos governos e das oposições políticas que representam os diversos interesses dos patrões. Lutamos para colocar em marcha um grande movimento de luta, em aliança com a classe trabalhadora, homens e mulheres. Te convidamos a se organizar com a gente para que se escute nosso grito: Não pedimos, exigimos! o nosso direito ao pão, mas também o direito às rosas!

 
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