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PARALISAÇÃO INTERNACIONAL DE MULHERES
8M: As Minas, as Manas e as Monas contra o machismo e o capitalismo
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Em 4 dias é 8 de março, dia Internacional de Luta das Mulheres, data para lembrar, enaltecer e retomar as mulheres que lutaram e lutam pelos seus direitos e pelos direitos de toda a humanidade. Faz 100 anos que as mulheres na Rússia deram os primeiros passos para o que seria a revolução de Outubro e na medida que o capitalismo aprofunda seu casamento com o machismo para fazer com que sejam as mulheres as mais exploradas e assassinadas pelo simples fato de serem mulheres, para as minas da Faísca, juventude anticapitalista e revolucionária, é tempo de juntar-se às trabalhadoras para transformar as demandas das mulheres em demandas de toda a classe trabalhadora.

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O Esquerda Diário perguntou para algumas dessas jovens mulheres qual o principal motivo para participarem do 8 de março hoje que promete paralisar o trabalho das mulheres em todo o planeta, confiram as respostas:

“No Rio de Janeiro novamente chegamos ao 8 de março em meio a lutas, junto aos trabalhadores da CEDAE contra a sua privatização e defendendo a UERJ contra o fechamento que quer impor os governos e capitalistas. A crise evidencia cada vez mais quem são os inimigos dos trabalhadores e principalmente das mulheres negras, as mais atingidas pela crise: Crivella, Temer e Pezão estão juntos para aplicar os ataques e fazer com que paguemos a conta da crise capitalista. Mas o recado está lançado: as mulheres estão na linha de frente para lutar junto aos trabalhadores contra os ataques.Não nos intimidam com a repressão.”
Carolina Cacau, professora da rede estadual do Rio de Janeiro, ex candidata à vereadora pelo PSOl no Rio de Janeiro e estudante do Centro Acadêmico de Serviço Social da UERJ.

“Aqui em Campinas começamos o ano resistindo a uma chacina feminicida, onde 9 mulheres foram assassinadas pelo machismo em pleno reveillón. E essa é uma realidade de todo o país e também internacional. Respondemos com uma enorme manifestação logo na primeira semana do ano e uma coisa é certa: não queremos ver as mulheres assassinadas todos os dias e nem conviver com o medo de sermos as próximas. Apenas no Brasil são 15 mulheres mortas pelo simples fato de serem mulheres, a esses assassinatos chamamos de feminicidios e sabemos que são legitimados por Bolsonaros, Felicianos, Malafaias e Trumps. 3 em cada 5 mulheres no Brasil sofrem violência doméstica. Em toda América Latina vemos índices recordes de feminicídio e vamos nos unir em todo o mundo com uma só voz: Ni una menos! Queremos casas abrigo garantidas pelo Estado, com atendimento profissional e geridas pelas usuárias e trabalhadores para garantir nossa segurança e não confiamos na polícia machista, racista e assassina.”
Flávia Telles, estudante de Ciências Sociais da UNICAMP

“Gabriel, Kaique, Verônica, poucos nomes conhecidos para o verdadeiro massacre de LGBTs realizado no Brasil anualmente. Nós LGBTs brasileiras definitivamente não nos deixamos esconder, mas vivemos sob a ameaça do país recordista em assassinatos e violência às LGBTs. São violentas mortes, acompanhadas de vidas em postos de trabalho precários, em telemarketings e na prostituição colocam as próprias LGBTs umas contra as outras. E as opõe aos trabalhadores. Ni una menos e nem uma LGBT a menos.
Precisamos estar junto às mulheres e trabalhadores para conquistar nosso direito ao nome social e efetivar um Plano de Emergência Contra a Violência LGBT, contra a direita golpista e os seus ataques”
Virgínia Guitzel, trabalhadora da saúde pública de São Bernardo.

“Nesse 8 de março quero ser parte de construir uma verdadeira paralisação internacional de toda a classe trabalhadora! É mais que hora que em todo lugar se repita o que aconteceu em pequeno ano passado na Argentina, vamos parar em defesa da vida das mulheres. E para isso nós mulheres queremos sim estar à frente, mas convidando cada companheiro homem a parar junto a nós! Por isso nós, jovens mulheres da Faísca queremos estar lado a lado com as mulheres trabalhadoras para exigir que as centrais sindicais dirigidas pelo PT deixem de agradar o presidente golpista e parem de impossibilitar a autoorganização dos trabalhadores!”
Pammella Teixeira, diretora do Diretório Acadêmico de Biologia da UFMG

“Legalizar o direito ao aborto é legalizar o direito de todas as mulheres de decidirem sobre seus próprios corpos. Enquanto a maioria das mulheres pobres e trabalhadoras morrem pela criminalização do direito ao aborto, algumas mulheres ricas abortam com segurança, mas todas somos clandestinas. Não por acaso, somos também nós mulheres que mais sofremos com os ataques de Temer, Sartori e Marchezan em Porto Alegre. O direito das mulheres a decidirem sobre o rumo das próprias vidas e de seus corpos tem que ser defendido neste Dia Internacional de Luta das Mulheres e estar dentro das pautas da paralisação internacional. Este direito nos é tirado todos os dias, tendo sua expressão mais brutas em nas milhares de mortes por abortos clandestinos. Temer e a direita golpista defendem projetos como o Estatuto do Nascituro, que retira os já parcos direitos ao aborto no Brasil, e em outros países como os Estados Unidos estes direitos também estão sendo atacados. Direito ao próprio corpo: aborto legal, seguro e gratuito já!"
Valéria Muler, estudante de Letras da UFRGS

"A mira da polícia é certeira: se é negra, a bala perfura um órgão vital. A mira da opressão e da exploração capitalista sobre as mulheres negras também acerta em cheio. Nossas vidas são marcadas pela resistência, seja às mortes causadas pela polícia, à miséria que o capitalismo delega às trabalhadoras negras, com os piores postos de trabalho, as duplas jornadas, ou a fetichização do nosso corpo. Tentam nos colocar como submissas porque sabem que em nossas veias corre o sangue das escravas insurretas, que nunca se calaram diante das misérias que tentaram nos impor. Sabem como é explosivo se nos colocamos lado a lado com cada trabalhador e cada jovem que queira acreditar em um novo viver. Vamos parar para dizer que Dandara Vive. Vamos parar por todas as Luanas. Contra o racismo e o capitalismo nós gritaremos que as vidas negras importam!”
Odete Cristina, estudante de USP

“Ano passado a gente ocupou nossas escolas para acabar com os ataques à Educação, começamos questionando o absurdo que é não termos ventiladores que funcionam no calor do Rio Janeiro, descobrimos que assim como a Dilma já estava fazendo, Pezão e Temer estão aí só para nos atacar e cortar do ensino público, precarizando ainda mais. Se hoje já não discutimos gênero e sexualidade no colégio, imagine com a Reforma do Ensino Médio. Nós minas que nos formaremos nas escolas públicas somos as jovens mulheres trabalhadoras, justamente aquelas que já estão sofrendo mais com a crise do Estado do Rio de Janeiro. Queremos ter direito a aprender e discutir sobre gênero e sexualidade, queremos falar da opressão que as minas sofrem todo dia nessa sociedade patriarcal. Fomos linha de frente das ocupações de escolas mostrando quem realmente poderia fazê-las funcionar para uma educação que liberte e crie conhecimento. Não queremos que a Igreja decida o que vamos aprender na escola! Educação laica, gratuita, pública e de qualidade para todos!”
Wall Vieira, estudante secundarista do Visconde de Cairu, colégio estadual no Rio de Janeiro

“A nós mulheres tentam negar qualquer direito, ainda mais às jovens mulheres trabalhadoras. A direita golpista nos quer sem direito à cidade, sem acesso à arte e cultura, com as vidas condenadas por um sistema de saúde precaríssimo e sem acesso a transporte público de qualidade. Quem dirá restaurantes públicos e lavanderias públicas, que possibilitariam acabar com as duplas e triplas jornada. Pois enquanto nos dizem que não teremos nem mesmo direito a aposentadoria, vamos mostrar neste 8 de março o quanto há em nós de fome de vida e nenhuma vontade de pagar pelo machismo, nem pelo capitalismo.
Na USP querem demitir milhares de funcionários e fechar creches nas quais já há falta de vagas, querendo tirar o direito de estudar e de trabalhar das mulheres mães. No 8 de março lutamos em defesa destas mulheres.”
Jéssica Antunes, estudante de Letras da USP

 
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