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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Impaciente em acabar com a aposentadoria, Alckmin diz que teria feito reforma da Previdência em 2016
Isabel Inês
São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), falou que, se estivesse no lugar de Temer, teria encaminhado a proposta de reforma da previdência antes da PEC do teto de gastos, no ano passado. O tucano mostra sua impaciência para implementar os ajustes, em particular a reforma da previdência que é dos maiores ataques a conquistas dos trabalhadores, fazendo com que as mulheres trabalhem até 17 a mais que hoje, cortando 50% do valor das pensões, aumentando o valor da contribuição entre outros.

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O tucano afirmou que a reforma da Previdência enviada pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB), ao Congresso Nacional precisa ser "discutida, debatida e aperfeiçoada". E ressaltou que a reforma é necessária e urgente, "A reforma da Previdência é necessária. Eu até teria feito no ano passado. Ao invés de votar a PEC do teto, eu teria feito primeiro a reforma da Previdência e este ano a PEC do teto, mas são duas reformas importantes", disse o governador, durante uma cerimônia de inauguração de obras de reforma do Complexo Hospitalar Padre Bento, em Guarulhos.

Alckmin também defendeu a reforma trabalhista, que está igualmente em discussão no Congresso. Ele disse que a tecnologia e as modernização nas empresas e no campo exigem uma atualização da legislação, considerada por ele como "ultrapassada". No caso o termo “ultrapassada” usada pelo tucano, na realidade quer dizer que contem direitos históricos dos trabalhadores que a burguesia quer retirar.

A reforma da previdência é um dos direitos mais difíceis dos governos atacarem pois gera grande insatisfação popular. Durante o processo de aprovação da PEC 55 o governo Temer também passou por grandes manifestações, contudo a trégua que as burocracias sindicais petistas vem fazendo contribuem para desorganizar a luta dos trabalhadores e permitir que tais ataques passem sem luta.

O tucano aponta sua vontade em acelerar esses ataques, como uma jogada política para tanto servir de pressão ao Temer, como aparecer como figura “dura” para a grande burguesia, que supostamente já teria aplicando as principais reformas, que são a da previdência, o congelamento de gastos e a reforma trabalhista.

Veja os principais pontos de ataque da reforma da previdência:

1-) Idade mínima da aposentadoria 65 anos (com regra de transição para homens com mais de 50 e com mulheres com mais de 45): Atualmente não existe idade mínima para homens e mulheres. Mas sim o fator previdenciário criado por FHC e mantido nos governos petistas, onde a soma de contribuição e idade para a aposentadoria de mulheres tem que chegar a 85 anos, e homens 95. A nova regra aprofunda o problema do fator fazendo com que homens trabalhem 12 anos a mais, e mulheres 17 anos a mais.

2-) Tempo mínimo de contribuição: Passe de 15 para 25 anos.

3-) Contribuição dos servidores públicos: Os servidores passam a contribuir com 14% do salário, ao invés dos atuais 11%.

4-) Trabalhadores Rurais: Idade mínima vai para 65 anos, com mínimo 25 de contribuição. E com a obrigatoriedade de contribuição para o INSS, muitos “Bóias-frias” não registrados, na prática perderão o direito a aposentadoria.

5-) Pensões: Corte no valor de 100 para 50% com acréscimo de 10% para cada filho.

6-) Aposentadoria especial: Previsão de cortes de direitos para trabalhadores de setores com riscos a periculosidade e insalubridade.

7-) Parlamentares, Juízes e Militares: Considerados “especiais”, por ora não há previsão de alteração.

 
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