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CRISE NO RIO
Após repressão policial, ALERJ mantém cronograma de votação dos ataques
Fernando Pardal

A polícia de Pezão reprimiu sem parcimônia as centenas de servidores que estavam ontem na ALERJ para protestar contra a privatização da CEDAE e demais ataques do pacote de Pezão e Temer. Muitos foram hospitalizados com ferimentos graves. Mesmo assim, os deputados pretendem manter as votações conforme cronograma, e a questão da privatização da CEDAE está na pauta de terça.

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Foram muitos feridos pela repressão da polícia no ato dessa quinta-feira, 9, em frente à ALERJ.

Como denunciamos, a polícia não utilizou apenas as tradicionais balas de borracha, mas também disparou projéteis de plástico duros e perfurantes, um dos quais perfurou o estômago de um jovem estudante secundarista que teve que ser submetido a cirurgia.

Ele foi o ferido mais grave, mas nem de longe o único. Nossa redação ouviu diversos relatos de manifestantes que mostravam a cara da polícia: disparando até mesmo em pessoas caídas e utilizando armas letais proibidas em manifestações.

Nem mesmo a imprensa foi poupada: um repórter do Esquerda Diário, portanto identificação visual e ainda alertando verbalmente o policial de que era da imprensa, não deixou de ser alvejado a queima-roupa que causou grave ferimento em seu braço.

Os deputados dentro da ALERJ tiveram que deixar o plenário da casa, onde o cheiro de gás inviabilizou as votações, e, como foi possível ouvir na imprensa patronal que acompanhava tudo "dos bastidores", circulavam pela casa legislativa com máscaras contra o gás.

Isso, no entanto, não foi suficiente para abalar Picciani (PMDB), presidente da ALERJ, nem o conjunto de deputados de sua convicção de que precisam aprovar os ataques articulados pelo pacote de Pezão e Temer. Está marcada para terça-feira a votação da privatização da CEDAE e outras medidas de ataques a salários e direitos.

A imprensa patronal segue fazendo seu trabalho sujo de criminalizar a heroica luta dos servidores contra os ataques. Mostras disso são as capas dos grandes jornais, como o paulista Folha de S. Paulo, que não mostrou a foto dos graves feridos, mas sim de jovens que se preparavam para disparar rojões contra a polícia (nenhuma informação de que algum policial tenha tido seu abdômen perfurado, braço quebrado ou algum ferimento como tiveram os manifestantes às dezenas chegou a nosso conhecimento).

Os trabalhadores da CEDAE estão dispostos a resistir e retornarão às ruas para combater o pacote de Pezão e Temer. Nós estaremos ao seu lado, para noticiar e apoiar a luta. Renato Ferraz, da Faísca - Juventude Anticapitalista e Revolucionária, gravou um vídeo relatando o seu ferimento e convocando a permanecer nas ruas:

Carolina Cacau, estudantes da UERJ e também da Faísca e do Esquerda Diário, fez um chamado dirigido a toda esquerda, em especial a Marcelo Freixo, que teve um milhão de votos nas últimas eleições, a que coloquem toda sua força para convocar a resistência contra o pacote e as mobilizações na rua. Ela gravou um vídeo direto da ALERJ onde expressou esse chamado:

Ela também escreveu artigo refutando o editorial d’O Globo que afirma, uma vez mais, que os culpados pela crise são os trabalhadores e seus salários.

 
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