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CRISE NO RIO
Pezão vai dar calote no salário de janeiro: chantagem ao servidor para aprovar os ataques
Jean Barroso
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A chantagem de Pezão com a vida dos servidores segue firme. Hoje (08), Pezão anunciou que pagaria apenas aquilo que o governo do Rio sempre tratou como prioridade número um: a repressão aos protestos dos servidores. Os policiais vão receber o pagamento de janeiro no décimo dia útil, que será nesta terça dia 14. Já os professores da ativa, receberão também, mas não é por benesse do governo do Estado, e sim porque Pezão está pagando estes salários com a verba Federal do FUNDEB, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização de Profissionais da Educação. Professores aposentados e pensionistas não estão incluídos na folha de pagamento desta negociação entre a Secretaria de Estado de Educação e o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação. Para o resto dos servidores, não há nenhuma data oficial para o pagamento do mês de janeiro.

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O mesmo pezão que entregou 8,32 milhões à Claro e 8 milhões à Oi há duas semanas atrás teve a coragem de dizer ao Globo que gostaria de pagar os servidores em dia mas que tudo dependia da aprovação do seu pacote de ataques na ALERJ. Isso significa que os mesmos servidores, que ano passado faziam fila para receber cestas básicas em pleno natal seguirão sem previsão do salário de janeiro, acumulando contas a pagar e juros de empréstimos.

Tudo isto para empurrar os ataques que Pezão acordou com Temer no termo de compromisso dos dois. Uma chantagem extorsiva com os servidores para que estes aceitem o plano de privatizar a CEDAE, pagando o dobro de contribuição previdenciária por três anos e com um teto de gastos igual à PEC 241 (ou 55) para o estado do RJ durante 10 anos, entre outros ataques como plano de incentivo a demissão de servidores.

Os governantes jogam com a vida dos trabalhadores e do povo pobre para tentar impor o que querem. Não à toa Pezão pagou as polícias: estas foram responsáveis por reprimir os trabalhadores em todo o centro do Rio durante a volta dos trabalhos da ALERJ com a reeleição de Picciani. Temem que manifestações como a dos trabalhadores da CEDAE contra a sua privatização possam se generalizar entre todos os servidores contra o pacote de maldades.

O pacote de Temer e Pezão prevê unicamente que o estado possa se endividar ainda mais, suspendendo temporariamente parte da dívida do estado com a União e adquirindo novo empréstimo que depende da aprovação de todos estes ataques para receber aval da União. É uma verdadeira enganação, como dissemos neste texto aqui. O que ocorre é que pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Pezão não pode contrair mais empréstimos, mas a mesma União que arresta os salários dos servidores usando esta Lei propõe a flexibilização da LRF caso a ALERJ e o Congresso aprovem o pacote de maldades.

Ou seja, é uma Lei injusta, colocada em prática apenas para servir os banqueiros e mega-empresários que tanto lucram com o sistema da Dívida Pública e com as isenções fiscais bilionárias, que somaram 200 bilhões dadas pelo estado do RJ desde 2008. Pezão, ao mesmo tempo que chantageia servidores, tenta junto ao STF flexibilizar esta lei dizendo que com o empréstimo poderia pagar os servidores e facilitar a aprovação dos ataques.

Uma verdadeira chantagem com todos servidores do estado, com os estudantes da UERJ que estão sem receber suas bolsas e com uma Universidade ameaçada de fechar, com todo pobre carioca que depende dos serviços públicos para ter acesso à saúde, com os estudantes do estado que são amontoados em salas lotadas para que o governo possa fechar turmas, com todo o povo carioca de quem Pezão quer tomar a água para entregar às empresas privadas, tudo para impor este pacote de maldades e garantir que os banqueiros e as empresas continuem lucrando com a dívida do estado.

As manifestações na ALERJ do dia 2 e grande ato dos trabalhadores da CEDAE contra a privatização mostram que isto não será tão fácil como Pezão planeja. Uma nova manifestação está sendo chamada para amanhã (09), é hora dos sindicatos tomarem a dianteira contra a aprovação da privatização da CEDAE na ALERJ, primeira parte dos ataques que Pezão e Temer querem impor.

Outra coisa demonstrada pelos fatos é que a LRF fiscal só é aplicada quando está a serviço dos banqueiros e contra os trabalhadores. Exatamente por isso é que a luta contra este pacote de maldades pode se desenvolver a perspectiva de impor o não pagamento da Dívida Pública, que só enriquece aos banqueiros, tomando metade do orçamento da União que por sua vez recolhe dos estados, este dinheiro deveria estar à serviço de ter saúde, educação, moradia e saciar as necessidades dos trabalhadores e do povo pobre.

Leia mais: Se fortalece a campanha "A CEDAE é do povo" no Rio

 
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