A grande maioria dos estudantes das universidades públicas são brancos, mesmo em Salvador-BA, em que os negros são mais de 80% da população.
Mas os trabalhadores da limpeza, que são terceirizados, têm péssimas condições de trabalho e recebem salários muito baixos, são de maioria negros.
Os poucos estudantes negros e pobres que entram na universidades, ainda têm sérias dificuldades para permanecer, devido a precariedade da assistência estudantil.
Além de todas essas dificuldades no acesso e permanência, os estudantes negros ainda têm de lidar com as manifestações e trotes racistas. Como esse da UFMG...
Ou essa no Mackenzie...
Ou essa na Unicamp.
E sofrem racismo a ponto de terem suas vidas ameaçadas pelo ódio, que resultou no assassinato de Diego na UFRJ em 2016, por ser negro, gay e nordestino.
Enquanto isso os reitores, a burocracia universitária e os governadores se calam frente ao racismo e vivem no luxo...
e ainda querem definir quem é negro ou não.
Com a crise, Pezão e Temer, querem fechar as portas da UERJ, a primeira universidade a aderir as cotas étnico-raciais...
e para os trabalhadores da limpeza, maioria de negros, é falta de salários e demissão.
Mas os estudantes e trabalhadores não se calam e lutam contra os ataques dos golpistas...
se inspiram na juventude negra, que se levanta no mundo todo...
para continuar na luta pelas cotas…
e contra o racismo dentro e fora da universidade. Devemos avançar na luta para que toda a juventude negra tenha acesso à universidade pública e para que esta produza conhecimento que responda às necessidades da população.
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