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CABRAL E A LAVA-JATO
Filho de Cabral recebeu R$ 7,7 milhões de propina para campanha, diz delator
Redação Rio de Janeiro

Em delação após sua prisão na sexta-feira, 3, pela Operação Lava-Jato, o empresário Francisco de Assis Neto afirmou que os mais de sete milhões de reais recebidos em sua empresa tiveram como destino a campanha a deputado de Marco Antônio Cabral (PMDB), filho do ex-governador do Rio, Sergio Cabral.

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O empresário, conhecido como "Kiko" por Cabral e seus íntimos, é proprietário da Corcovado Comunicações, onde os doleiros Marcelo e Renato Chebar afirmaram ter entregue em 2014 a quantia de R$ 7,7 milhões que faziam parte do esquema de propina comandado por Sergio Cabral.

Mas "kiko" disse que o dinheiro não era para ele, pois a sala onde foi entregue havia sido cedida pelo empresário para a campanha a deputado do filho de Cabral, Marco Antônio, também do PMDB. A quantia foi entregue para a secretária Danielle, que constava nos documentos dos doleiros como "Dani".

Se confirmadas as informações de Francisco de Assis Neto, o caixa 2 da propina do esquema de corrupção de Cabral para a campanha do filho ultrapassa, sozinho, todo o valor declarado oficialmente da campanha de Marco Antônio ao TSE, que foi de R$ 6,8 milhões. O empresário delator também era o responsável por levantar os gastos da campanha do deputado.

O esquema de corrupção de Cabral vai mostrando aos poucos uma extensão cada vez maior, que passa por todo o espectro político que o cerca, como a eleição de seu filho, e tem ampla inserção na crise em que se encontra o Rio de Janeiro, como com as milionárias isenções fiscais concedidas pelo ex-governador e seu sucessor, Pezão, que sozinhas ultrapassam, por exemplo, todos os salários atrasados de servidores e vários anos do orçamento da UERJ, universidade que está sendo ameaçada de fechar as portas ou ser privatizada pelo governo.

Cabral é um exemplo apenas, entre tantos nos partidos patronais, em que o fisiologismo e a corrupção fazem carreira e herança política em família, ao lado dos empresários que os financiam em esquemas legais e ilegais, para que esses políticos continuem garantindo seus lucros milionários enquanto afundam os trabalhadores e o povo pobre em ataques como os que vem sendo articulados por Pezão e Temer.

 
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