Segundo pesquisa recentemente apresentada pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), referente a desocupação na região metropolitana de Campinas (RMC), a taxa de desemprego chega a 12,1% em 2016. Este indicador representa o valor absoluto de 227.169 desempregados em toda a região.
A região que apresentava no ano de 2011 uma taxa de 4,54%, aproximadamente 70 mil pessoas sem ocupação, vem desde então tendo aumento no número de desempregados sendo que só nos dois últimos anos o indicador subiu quase 6%.
Dentre os segmentos afetados, a construção civil e a indústria são os que apresentaram maior demissão e embora o setor de agropecuária tenha apresentado crescimento, ainda assim não foi suficiente para suprir a queda do número de empregos.
A cidade de Campinas, especificamente, apresenta taxa de desemprego de 12,60% - 87.117 pessoas - da População Economicamente Ativa (PEA). No ano de 2015 o valor era de 9,56% - 62.705 pessoas -, um expressivo aumento de 3,1%.
O anúncio da elevada taxa de desemprego surge para como confirmação de uma política de demissões adotada pelos grandes empresários locais. No final do mês janeiro a Gevisa , empresa situada em Hortolândia, anunciou o corte de 50% do quadro de funcionários, demitindo por telegrama mais de 400 trabalhadores, muito deles estando até mesmo em licença remunerada.
As dificuldades já são sentidas pelos trabalhadores da região, tanto com a constante ameaça de demissão aos que ainda estão empregados, quanto pela dificuldade de conseguir até mesmo agendar entrevistas. A política adotada pelos governos federais, estaduais e municipais buscam a todo o custo preservar as empresas e reduzir os danos às empresários, enquanto os trabalhadores estão constantemente na mira dos ataques. As recentes reformas que preveem mudanças no pagamento do seguro desemprego em conjunto com a redução dos impostos implicados na demissão são estímulos para ainda mais demissões ocorrerem e haver uma redução drástica nos salários oferecidos.
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