Donald Trump, o multimilionário e racista, é o novo presidente dos Estados Unidos e já vê a universidade de Berkeley arder em novos protestos estudantis.
A visita de Milo Yiannopoulos na Universidade de Berkeley desatou a ira. Este personagem é o mais conhecido do grupo chamado “Direita Alternativa”. Editor do site Breitbart foi um dos principais simpatizantes do governo de Donald Trump.
Breitbart é famoso nos EUA por suas mensagens antifeministas, racistas, e antioperárias. Milo Yiannopoulos é a mostra emblemática do pensamento reacionário que está por trás do governo Trump.
Em 30 de janeiro Yiannopoulos publicou no Breitbart um vídeo no qual se soma ao chamado à construção do muro entre o México e Estados Unidos. Sua publicação diz “nos dirigiremos até a fronteira para ajudar a começar a construir o muro do presidente Trump”.
E a importância deste site e de personagens como Yiannopoulos para o governo de Trump é clara. Por exemplo, Steve Bannon, que é um dos novos estrategistas da Casa Branca, antes deste posto, foi editor chefe do site citado.
“Milo começa a construção do Muro”
Nesta quarta-feira, 1 de fevereiro, a visita de Milos a Universidade de Berkeley gerou barricadas, saques, bloqueios de avenidas e queima de cabines telefônicas. Os estudantes organizaram um protesto espontâneo que obrigou as autoridades a cancelar a palestra. Entre os estudantes que se manifestavam se podiam escutar e ler cartazes com as consignas de “morte a Trump”, “Isto é uma guerra” e “Não ao fascismo”.
Este protesto gerou a advertência de Donald Trump no twitter e ameaçou que se não fosse permitida a palestra, haverá cortes no orçamento federal para a Universidade.
Trump amenaza con reducir fondos a universidad de Berkeley tras protestas https://t.co/LL9GWiQUJc
Este protesto, de centenas de jovens, é a mostra de que o caminho que correrá o governo do reacionário Donald Trump não será tranquilo: haverá resistência. Os trabalhadores mexicanos, que se enfrentam com Peña Nieto, com as deportações e com o muro fronteiriço, devem unificar suas lutas com os oprimidos do outro lado da fronteira.