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EUA
Trump bombardeia o Iêmen e assassina 16 civis
Redação Esquerda Diário Argentina

Nas últimas horas morreram, ao menos, 30 pessoas durante os bombardeios com drones e helicópteros ordenados por Trump no sul do Iêmen. Entre as vítimas estão pelo menos 16 civis, enquanto o governo dos Estado Unidos só informa a morte de 14 suspeitos de pertencer à organização Al Qaeda.

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Nem os porta-vozes da Casa Branca, nem Trump, falaram do assassinato dos 16 civis, mas confirmaram a morte de um soldado do exército dos Estados Unidos, que se converteu no primeiro a morrer durante um ataque ordenado sob a era Trump.

Trump disse em um comunicado, “em um ataque exitoso contra o quartel general da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP), as valentes forças americanas foram determinantes em matar um número estimado de 14 membros da AQAP e apoderar-se de importantes informações de inteligência que ajudarão os Estados Unidos a prevenir atos de terrorismo contra cidadãos e pessoas em todo o mundo”. Não é surpresa que o mandante do ataque faça omissão às vítimas civis, e enviou suas condolências pelo militar americano morto.

Dezenas de soldados transportados em helicópteros desceram na localidade de Yakla, a uns 270 quilômetros ao sudeste da capital, e atacaram várias casas.
Os alvos eleitos por Trump foram uma escola, uma mesquita e uma prisão, aos quais Estados Unidos considerava como sedes da Al Qaeda. Porém, um morador local disse que vários corpos de civis permaneciam sob os escombros e que as casas e a mesquita local foram danificadas no ataque.

Este é o segundo ataque no Iêmen na era Trump. O primeiro foi durante o fim de semana posterior à posse do presidente, onde morreram ao menos 66 pessoas, entre elas 3 homens suspeitos de pertencer a Al Qaeda, com bombardeios com drones e intensos combates entre o exercito e rebeldes na costa ocidental do Iêmen.

Os Estados Unidos levou a cabo dezenas de ataques com aviões não tripulados (drones) no Iêmen durante a presidência de Barack Obama sob a desculpa de combater a Al Qaeda na Península Arábica. Porém grande parte dos bombardeios aconteceram diretamente na Arábia Saudita, um aliado estratégico dos Estado Unidos na região, com a aprovação de Obama, levando a centenas de civis mortos durante os ataques de ambos países sobre o Iêmen.
Ainda que Obama seja conhecido como “o senhor dos drones”, pelo uso abusivo desta técnica nos bombardeios sobre Paquistão, Afeganistão e Iêmen, alguns grupos de direitos humanos declararam que temem que o governo Trump seja mais agressivo ainda com o uso de drones, já que se trata de uma pratica pouco vigiada pelo congresso ou pelo poder judicial.

Estados Unidos tem intensificado o uso de ataques com aviões não tripulados nos últimos anos e é a única força conhecida por estar realizando este tipo de operações sobre o Iêmen. Segundo a ONU, mais de 10.000 pessoas já morreram nos últimos anos - quase a metade delas civis - desde que uma coalizão liderada pela Arabia Saudita lançou ataques aéreos contra Iêmen em março de 2015.

Este ataque no Iêmen acontece ao mesmo tempo em que nos Estados Unidos se vive uma importante crise sobre os decretos presidenciais, em especial o que não permite a entrada de pessoas procedentes de países com maioria muçulmana, que gerou uma onda de mobilizações em todo o país em solidariedade aos imigrantes.

 
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