Um video que captura a ação da polícia catarinense durante o atendimento de uma ocorrência no último 22 de janeiro, tem tomado as redes sociais devido á escandalosa ação da PM. A filmagem retrata o momento que os policiais eletrocutaram um rapaz com uma criança em seu colo, de cerca de 2 anos, que era seu filho.
A Corporação da Polícia Militar soltou uma nota justificando o ocorrido, onde relata que sua ação de extrema brutalidade ocorreu por conta da reação do homem que segundo os policiais estava embriagado e agressivo com a chegada da polícia, e não quis impedir que a lei fosse cumprida. Na nota consta também que o homem estava utilizando seu filho como escudo, e segundo eles a decisão de utilizar a máquina de choque, mesmo com a criança em seu colo, foi porque o rapaz não acatou a lei, pois “o autor fazia movimentos bruscos e continuava a resistir, apresentando clara conduta de confrontamento “.
Contundo, no vídeo é notável que a ação da polícia não teve justificativa. O rapaz não parece embriagado e nem mesmo agressivo, só não concorda em soltar o filho, que parecia muito assustado. Já que é possível ouvir o choro da criança durante todo o vídeo e seus gritos quando o pai é contido com uma taser enquanto ainda o tem e seu colo.
Este vídeo escancara, o que qualquer morador da periferia e de favela já sabem: que a polícia não está do nosso lado e que se utiliza da “Lei” e da impunidade de suas ações para agir como bem quiser.
E fica ainda pior, em nota a polícia militar se intitula “uma instituição séria, confiável, técnica e legalista”, que vai se responsabilizar sobre “instauração de procedimento investigativo para apuração dos fatos e das responsabilidades, inclusive dos eventuais comentários ofensivos e indecorosos que foram proferidos nas redes sociais de forma injusta e sem conhecimento de causa.”
Ou seja, além da polícia militar legitimar a ação dos policiais que eletrocutaram um rapaz e seu filho com a justificativa de manter a integridade física da criança mesmo ela estando no seu colo do pai, e consequentemente sentido os primeiros choques.
Ainda tem a coragem, afirmar falácias sobre as investigações das ações e na possibilidade de responsabilização dos envolvidos, quando a realidade retrata que é o contrário. São milhares de histórias como dos 5 jovens que foram alvejados com 111 tiros, ou do jovem Eduardo que foi morto na porta de casa enquanto brincava, e não houveram punição aos policiais envolvidos e claramente culpados.
E por fim, no final da nota da corporação eles anunciam que a haverá investigação “inclusive” para os “comentários ofensivos e indecorosos”. Portanto, a PM depois de sua ação truculenta sem justificativa cabível comprovada pela filmagem, ameaça aos internautas que os criticaram nas redes.