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O racha do PMDB paraibano e as disputas para as eleições de 2018
Matias Aires
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O presidente do PMDB na Paraíba, senador José Maranhão, afirmou que não tem interesse em ser candidato do partido para o Governo do Estado nas próximas eleições. O líder da legenda está em plena disputa com o senador Raimundo Lira (PMDB) que lidera o "grupo de dissidentes" que têm discutido apoio ao governador Ricardo Coutinho (PSB) e defendido mudanças no comando do Diretório Estadual.

As declarações de Raimundo Lira sobre a democratização da legenda aborreceram Temer e desorientaram os rumos do PMDB na Paraíba. “Não existe disputa entre eu e Lira, pois não me consta que ele esteja empenhado nisso. O que me surpreendeu na atitude dele é que ele sempre trazia declarações de confiança e respeito. Mas, isso não me abala porque a condução do partido tem sido eficiente e repleta de alianças vitoriosas. Alguns perderam a eleição e agora procuram culpados”, disse o senador.

José Maranhão confirmou que tem conversado com o deputado Federal Hugo Motta e o deputado estadual Nabor Wanderley - ambos do PMDB - e garantiu que o atual diretório tem o apoio dos filiados em Patos. Ele aproveitou a ocasião para fazer críticas a Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), que tem pregado a mudança no comando, e falou com ironia do apoio que André Amaral (PMDB) tem dado ao grupo liderado por Lira.

Maranhão anunciou que o próprio presidente da República, Michel Temer, agendou com ele visita pessoal ao Estado no próximo mês, para testemunhar as obras da transposição do Rio São Francisco - daninha ao meio ambiente - e a vinda de águas na Paraíba. Ele negou que teria levado ao conhecimento do Presidente a questão do PMDB paraibano, “por se tratar de uma situação paroquial e cujas ‘bravatas’ e ‘escaramuças’ não merecem a atenção do presidente Michel”. Mas é evidente que a chegada de Temer é um apoio a Maranhão.

Ademais, está claro que se trata de uma disputa com o PSB, íntimo aliado da ala do PSDB liderada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que dentro do PSDB é o político mais afastado do governo Temer. Em dezembro, Alckmin utilizou o PSB para fazer lobby presidencial no nordeste, com o empréstimo de motobombas do sistema da Sabesp para amenizar a crise hídrica na Paraíba e em Pernambuco (ambos estados governados pelo PSB).

Estaria uma ala do PMDB nordestino preparando sua migração para a coalizão cada vez mais nítida entre a ala Alckmin do PSDB e o PSB? Estas disputas na base golpista do PMDB já visam possíveis cargos e divisão de benefícios para as eleições de 2018, em que a região Nordeste se transformou num dos principais palcos de disputa nacional para os partidos da base aliada de Temer, que tiveram o caminho aberto pela estratégia de conciliação do PT com a direita (pela primeira vez em décadas, o PT não governa nenhuma das 17 cidades nordestinas com mais de 200 mil eleitores).

 
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