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CALOTE
Sartori anuncia mais parcelamento de salário e endividamento aos servidores do RS
Valéria Muller

Depois de um 2016 de miséria para os trabalhadores, com salários parcelados, e com o 13o fracionado em 12 vezes, o governo RS anunciou nesta terça (24) que vai continuar dando calote nos salários dos servidores em 2017.

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O governador José Ivo Sartori (PMDB) vem atacando os trabalhadores do serviço público desde que iniciou sua gestão, em 2015. Salários parcelados e sem reajuste, calote no 13o, e o consequente sucateamento dos serviços no estado fazem parte da realidade de milhares de gaúchos. E parece que o ano de 2017 não será diferente.

O calendário de pagamentos de janeiro será anunciado até quinta (26), mas o governo já adiantou que os salários de todos os servidores não serão quitados. A previsão é de uma primeira parcela de R$ 2,5 mil.

Isso significa que em categorias que recebem um salário baixo, como os professores da rede estadual, que não ganham nem o piso nacional, boa parte dos trabalhadores terá acesso a seu salário inteiro. No ano passado o governo chegou ao absurdo de pagar R$ 450,00 na primeira parcela, deixando milhares na miséria e aprofundando o endividamento generalizado entre os trabalhadores.

A medida de pagar um teto mais alto na primeira parcela ajuda o governo a conter a revolta de milhares de servidores que tiveram seus vencimentos atrasados em 2016 e 2015. Porém, o salário baixo, mesmo que pago integralmente em um ou outro mês do ano, continua sendo engolido pelo juros das dívidas que estes trabalhadores tiveram que adquirir para sobreviver nos últimos meses.

Além disso, muitos tiraram o 13o pela via de empréstimo no Banrisul para tentar garantir minimamente o fim de ano de suas famílias. O governo promete pagar as parcelas reajustadas, mas não pela taxa do cheque especial ou mesmo do empréstimo, e sim pela da poupança, que é muito baixa, gerando mais prejuízos aos servidores.

O fato é que nem o aumento de impostos, como o do ICMS, em 2016, nem as medidas de Sartori como a privatização e extinção de fundações do estado, ou até mesmo a renegociação da dívida com a União, que impõe mais medidas de austeridade contra os trabalhadores, foram suficientes para que os trabalhadores do serviço público tivessem seu direito mais elementar garantido: o salário.

Enquanto o "sonegômetro" estimava no final do ano passado um rombo de cerca de R$ 7 bilhões nos cofres públicos do RS, as grandes empresas do estado como a RBS, Gerdau e outras seguem com isenções milionárias, e também sonegando.

Além disso, apesar da suspensão do pagamento da dívida com a União, o RS segue pagando dívida externa. Pouco se sabe sobre ela, e menos ainda o governo divulga. A certeza é que, assim como toda a dívida pública, garante que o dinheiro que deveria pagar salários de trabalhadores e ser investido em serviços públicos para toda a população sirva para enriquecer banqueiros e outros credores burgueses. Por isso o não pagamento de toda a dívida pública, interna e externa, é uma demanda urgente no Rio Grande do Sul, para que se comece a pensar em um estado que sirva aos trabalhadores e não aos interesses da classe dominante.

 
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