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Donald Trump retira os Estados Unidos do Tratado TransPacífico
Redação

Cumprindo promessa de campanha, Trump usa seu primeiro dia no cargo para decretar saída americana do Tratado Transpacífico, que englobaria em torno de 40% da economia mundial e 800 milhões de pessoas.

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O presidente americano, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (23/01) um memorando retirando os Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês). O ato cumpre uma das promessas de campanha do magnata, que se comprometera a tirar o país do acordo em seu primeiro dia útil no cargo.

O memorando é uma mera formalidade, uma vez que o tratado ainda não está em vigor e demandava aprovação do Congresso americano (dificilmente seria aprovado pela maioria Republicana). Fica em suspenso se o governo Trump buscará acordos individuais com os outros países signatários - um grupo que representa cerca de 13,5% da econômica global, segundo números do Banco Mundial.

A decisão de Trump, cuja campanha aproveitou demagogicamente o rancor se setores da classe trabalhadora americana que foi dilacerada pelo neoliberalismo ("globalização"), faz parte de uma lista de prioridades do futuro presidente para os cem primeiros dias de governo e destinada, segundo seu lema, a "colocar a América em primeiro lugar" e "devolver o poder de Washington para o povo".

A oposição ao TPP, assinado em fevereiro passado, foi uma das principais bandeiras de Trump durante a corrida para a Casa Branca. O magnata chegou a chamar o pacto de "estupro aos interesses americanos" e "assassino de empregos".

O tratado é considerado um acordo comercial que, entre outras razões, busca resistir à expansão comercial da China, excluída desta iniciativa. O TPP previa um período de dois anos para ser ratificado pelos parlamentos dos países-membros, mas para entrar em vigor é necessário que os signatários representem, pelo menos, 85% do PIB das 11 nações. A retirada dos EUA desta iniciativa representa um sério tropeço para o tratado.

O TPP, que englobaria em torno de 40% da economia mundial e 800 milhões de pessoas, estabelece reduções tarifárias para uma série itens de importação, que vão desde carne de porco e bovina no Japão até caminhonetes nos EUA, facilitando a entrada de produtos norteamericanos em vários países asiáticos que hoje estão sob a influência comercial da China.

A China busca se beneficiar desta medida, aparecendo como a nova portavoz dos direitos do "livre comércio mundial". Assim se portou o presidente chinês, Xi Jinping, no Fórum Mundial de Davos, atacando a política externa dos Estados Unidos, inclusive as ameaças da administração Trump contra a expansão chinesa pelo disputado Mar do Sul da China.

 
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