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ENEM
MEC toma decisões incoerentes com a atual realidade da educação
Filipe Punhagui

Na última quarta (18), foram anunciadas, pelo Ministério da Educação (MEC), as novas mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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MUDANÇAS CONTRADITÓRIAS

Especialistas dizem que há anos tem se discutido essas mudanças e que são um “caminho natural” do exame. Uma delas seria a implantação do exame em um só dia, ao invés de todo o fim de semana. Há também a discussão de que o exame seja feito pela internet.

Segundo Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o Enem digital é uma tendência irreversível e traz uma diminuição nos custos.

Entretanto, ao colocar o exame apenas na internet, o MEC deixa de pensar nos estudantes que não tem acesso a ela em sua região. Varias são as reportagens, no mês do exame, de pessoas que começam a se deslocar para os locais de prova semanas antes.

Sobre a mudança de dias da prova, para o economista Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), é necessário olhar sob aspecto técnico. Já que seria necessário reduzir a prova, eliminando algumas matérias.

DESRESPEITO AO NOME SOCIAL

Nada se foi falado sobre o nome social, desde 2014 o Enem garante ao participante transexual ou travesti que utilize seu nome nas provas. Porém na prática ainda há muito que se mudar.

Antes da prova já se há conflitos, deve-se solicitar o nome social uma semana após as inscrições. Tendo que enviar, pelo site no Inep, foto atualizada, um comprovante de identidade mais um arquivo assinado, para que o Instituto decida se poderá ou não ser reconhecido pelo seu nome.

Nos dias da prova, o candidato tem de se deparar com o nome de registro em todos os lugares. Lista de presença; cartões resposta; gabarito; e ainda, uma folha onde deve informar se foi ou não tratado com respeito pelos aplicadores.

EXCLUSÃO SOCIAL E TECNOLÓGICA

O que aparenta é que, tanto ao Inep quanto aos especialistas, a real importância é deixar de lado as pessoas que não tem acesso à internet, excluindo ainda mais as regiões pobres do país, além do enorme filtro social que representa a prova em si. Deixando também, a juventude trabalhadora, e pobre fora das universidades.

 
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