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PARALISAÇÃO 29M
Dia Nacional de Paralisação – Osasco

Relato de um trabalhador sobre o dia de paralisação nacional em Osasco

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FOTO: Joyce Costim/Sindmetal

No dia 18 de maio, as centrais sindicais se reuniram novamente para tratar dos preparativos do dia 29 de maio – Dia Nacional de Paralisação contra o PL3043, as MPs 664 e 665 e o ajuste fiscal, em defesa dos direitos e da democracia. A Força Sindical optou por não aderir ao dia, mas liberou seus sindicatos a participar.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região organizou entre os dias 26 e 28 de maio assembleias nas portas de fábrica como a Atlas Copco, Cinpal, Belgo, Meritor e Mecano Fabril com o objetivo de mobilizar os trabalhadores para participarem deste Dia Nacional de Lutas.

E hoje pela manhã, a CUT, o Sindicato dos Metalúrgicos e região, a UGT, a Nova Central, o PT, o PDT, o PCdoB, o Sindicato da Carne de São Paulo, a CTB, APEOESP, o Sindicato da Construção Civil de Osasco, a CSB e poucas centenas de trabalhadores saíram às ruas de Osasco nesta sexta-feira contra a terceirização na atividade fim, as MPs, em defesa dos direitos e da democracia.

Em nota, o sindicato dos metalúrgicos fala em mil trabalhadores nas ruas de Osasco. Para nós o ato pareceu bem menor, principalmente porque a base destes sindicatos e centrais sindicais estava trabalhando. As empresas não estavam paralisadas em Osasco no Dia Nacional de Paralisação.

Conversamos com alguns dos trabalhadores que foram ao ato sobre a mobilização em seus locais de trabalho. Um operário da Meritor, importante metalúrgica de Osasco, nos disse que o sindicato fez assembleia na porta da fábrica esta semana para falar da importância deste ato e ofereceu um ônibus para levar alguns trabalhadores que foram liberados pela empresa. No começo deste mês a Meritor demitiu 240 trabalhadores. Perguntamos a este trabalhador se o sindicato organizou uma luta contra as demissões e ele nos disse que não.

Conversamos com operários de um outra metalúrgica de Osasco que demitiu mais de 30 nesta semana. Como a produção está baixa, a empresa também liberou alguns trabalhadores. Perguntamos se o sindicato discutiu um plano de luta contra as demissões e a resposta também foi negativa. Segundo estes trabalhadores o sindicato assumiu o discurso da empresa e disse que as demissões são necessárias devido à crise econômica que afeta o paÍs.

No carro de som, diretores de sindicato e representantes das centrais sindicais fazem longas falas contra o PL que regulamenta a terceirização, as MPs e outras medidas que afetam a vida dos trabalhadores. Tentaram a todo custo defender o governo do PT colocando toda a responsabilidade dos ataques em Eduardo Cunha e nos “setores de direita que querem acabar com a democracia”.

Este foi o Dia Nacional de Paralisações em Osasco: diretores de sindicato em cima do carro de som defendendo o governo Dilma e trabalhadores nas fábricas explorados pelo patrão.

PS: O importante levante operário ocorrido em Osasco contra a Ditadura Militar e a patronal no ano de 1968 foi reivindicado algumas vezes pelos diretores dos sindicato que não armam um luta séria contra os ataques do governo e dos patrões.

 
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