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PT
Lula reafirma sua possível candidatura pra 2018 em Encontro do MST
Daniel Avec

"Se preparem, porque, se necessário, eu serei candidato à Presidência", disse Lula. PT busca manter seu status de partido da ordem com alianças e se colocando novamente como alternativa de manutenção do regime.

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Nesta quarta-feira, 11, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no 29º Encontro Estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Salvador. Em seu primeiro ato público do ano anunciou que se necessário vai ser candidato a presidência da República nas próximas eleições.

"Se preparem, porque, se necessário, eu serei candidato à Presidência. Se eu for candidato, é para a gente ganhar as eleições desse país", afirmou Lula. Além disso, disse que pretende viajar o país para recuperar a imagem do PT e sua própria imagem, reafirmando que o partido vem sendo criminalizado pela mídia e pela Justiça.

Em seu discurso Lula defendeu que o Brasil volte a crescer através do investimento no mercado interno e por meio do estímulo dos pequenos e médios empresários, financiamento da agricultura familiar e dos consumidores.

Apesar dos prenúncios do ex-presidente, Rui Falcão, presidente nacional do PT, destacou que o partido ainda não tomou a decisão sobre a candidatura de Lula, mas deixou indicado que ele é "aspiração nacional".

A candidatura de Lula vem aparecendo como possibilidade desde o final de 2016, onde o ex-presidente passou a ser alvo pela 5ª vez da Lava-Jato. Com uma estratégia que passa desde do fortalecimento jurídico de Lula frente as investigações até a relocalização do partido com relação ao desgaste apresentado pelo governo golpista de Temer, o PT tem abandonado qualquer luta contra o golpe e buscado costurar alianças, até mesmo com os setores mais reacionários de direita e articuladores do golpe, para voltar a ter espaço como um partido do regime.

Na Câmara dos Deputados, o PT tem negociado apoio a Rodrigo Maia (DEM-RJ) - braço direito de Temer e apoiador do impeachment - à presidência da casa em troca de preservar e ampliar as já escassas posições que detém. No Senado, deixando de ser a principal oposição a Calheiros (PMDB-AL) na eleição, cogita fazer parte da chapa única costurada por Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Os indícios cada vez mais fortes da candidatura de Lula para as eleições podem ser utilizadas pelos petistas em suas negociações para cargos políticos dentro do parlamento. Baseando sua movimentação nas últimas pesquisas de opinião que mostraram vitória de Lula em muitas das hipóteses, o PT tenta mostrar para a elite nacional que ainda tem potencial de contenção e manutenção do regime político e com isso garantir sua fatia no regime político atual.

O PT tem defendido abertamente o adiantamento das eleições presidenciais para outubro desse ano e tem sido ofensivo em comparar suas política econômicas com a do governo golpista de Temer. Busca se pintar com o discurso vermelho e de vítima, enquanto se mostra disposto a aplicar os ajustes e jogar nas costas dos trabalhadores a crise se aliando com a direita golpista e controlando os trabalhadores através da CUT e da burocracia sindical. O PT tem evidenciado sua integração completa e reacionária ao regime político que se esfacela e busca através das ilusões em torno de Lula, manter suas posições e cargos dentro do sujo jogo político capitalista.

 
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