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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
A luta contra o despejo do SINTUSP é uma luta de todos os estudantes da USP
Flávia Toledo
São Paulo

Em meio às férias letivas, a reitoria autoritária de Zago avança no seu projeto de despejo do Sindicato da sua sede histórica, ameaçando de reintegração de posse e mandando a PM garantir a instalação de uma grade para cercar o SINTUSP e a Prainha da ECA. Os estudantes devem se levantar contra isso.

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2017 começou com a Reitoria cercando com grades o SINTUSP e a Prainha da ECA, onde ficam o CALC (Centro Acadêmico da ECA) e a Atlética e que é um importante espaço de vivência estudantil. Para isso, enviou um contingente policial armado para intimidar os trabalhadores, estudantes e apoiadores que são contra a medida nas madrugadas desse início de ano.

A motivação de Zago é clara: desde que assumiu, o Reitor “do diálogo” afirma que é preciso mudar a USP, fazer cortes e, pra isso, “acabar com a dinâmica de sindicalismo da USP”. Ou seja, minar o movimento de resistência ao seu projeto privatista de universidade, que quer abrir a USP para os interesses privados e fechá-la ainda mais à população que a sustenta.

Esse ataque não é apenas contra o SINTUSP. Atacar os trabalhadores da USP, uma das categorias mais combativas do país, é estratégico para a reitoria desmobilizar o conjunto dos lutadores da universidade que a querem pública, gratuita e de qualidade para todos. Junto a isso, ataca centros acadêmicos, depois de um ano em que vários estudantes do movimento foram processados, em especial os diretores do CALC, por organizarem festas e fomentarem a ocupação cultural dos espaços da universidade.

Se o SINTUSP perde, nenhum centro acadêmico terá qualquer garantia de se manter de pé no ano de 2017. Se os trabalhadores da USP forem derrotados nessa batalha, os estudantes estarão muito mais fragilizados para travar as já difíceis batalhas que temos contra a reitoria.

É preciso que nos lembremos quem são esses trabalhadores que Zago ataca. São aqueles que nas suas pautas de greve, defendem a implementação de cotas raciais na USP. Que se organizam em fortes secretarias de combate às opressões, levantando campanhas contra o racismo, o machismo e a lgbtfobia. Que se levantam contra o corte de bolsas de estudo, pesquisa e permanência, contra a precarização dos nossos cursos, que defendem ampliação de vagas da moradia e das creches que também beneficiam as mães estudantes.

A Reitoria ataca com grade, polícia e despejo aqueles que há anos defendem a universidade pública, gratuita e de qualidade. Nesse momento, é fundamental que estejamos lado a lado.

Nós, da Faísca – Juventude Anticapitalista e Revolucionária, estamos diariamente com os companheiros trabalhadores nessa luta e estamos impulsionando uma campanha de fotos em defesa do sindicato. Defender o SINTUSP, mais do que lutar contra uma medida autoritária dessa reitoria, é defender a liberdade de organização política de todos nós, trabalhadores e estudantes. É defender os centros acadêmicos, o direito à ocupação dos espaços da universidade, o direito à educação. Chamamos a todos os estudantes e centros acadêmicos a se juntarem a essa luta. Que saia o Zago! SINTUSP fica!

 
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