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FEMINICÍDIO CAMPINAS
O que a direita tem a ver com a chacina de Campinas
Rafaella Lafraia
São Paulo

O assassinato de 12 pessoas em Campinas revela que sobre isso sim devemos falar: A direita e a violência contra a mulher no sistema capitalista.

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Muitas outras mídias já abordaram o fato ocorrido – a chacina na noite da virada do ano em que o técnico de laboratório Sidnei Araújo matou a tiros a ex-mulher, o filho de 8 anos, outras 10 pessoas da família dela e em seguida se matou. Também já publicaram inúmeras vezes a carta que reforça o discurso de ódio e intolerância, que é presente em inúmeras redes sociais e que já até vem sendo levado com normalidade, afinal de contas, quantas vezes as mídias abordam o feminicídio como um crime passional.

Entretanto, não foi abordado o que tem por trás de todos estes casos e que reforçam os piores dados estatísticos brasileiros (Brasil como o 5º no ranking de feminicídio e a morte de uma pessoa LGBTs a cada 28 horas no país): o sistema capitalista! Este sistema que precisa oprimir mulheres, negros, LGBTs para continuar reproduzindo.

A crise politico econômica vigente há anos, abriu espaço para que representantes da direita – com seus discursos reacionários, LGBTfóbicos, racistas, machistas – ocupassem cargos políticos importantes pelo mundo, devido a falta de perspectiva a esquerda para a classe trabalhadora em combater a crise, como foi a eleição de Donald Trump nos EUA com um acréscimos de xenofobia a todos estes outros discursos opressores. No Brasil, o golpe institucional é reflexo do giro á direita na superestrutura do país, giro este que fortalece figuras machistas na política nacional.

O crime que ocorreu em Campinas mostra a consequência da ideologia desta direita, do Bolsonaro que disse para uma deputada que ela não merecia ser estuprada; das paginas de direita na internet que fala que é preciso combater o feminismo e que as reivindicações das mulheres não passam de um ’’mimimi’’; da direita golpista que fala que mulher precisa ser bela, recatada e do lar e de todos os setores da direita que são contra os direitos das mulheres.

Mas, este caso fica ainda mais chamativo, justamente do discurso presente na carta do assassino e por dias antes, outro crime ter sido cometido contra quem defendeu um oprimido – o trabalhador Luís Carlos Ruas (conhecido como Índio), morto a pancadas por dois homens por defender uma travesti de uma briga, na noite de Natal, na estação Pedro II do Metrô.

Em nenhum momento tiramos a culpa dos ombros de Sidnei Araújo. Somente queremos acrescentar que a desinformação / confusão deste é, infelizmente, reflexo de uma sociedade baseada em um discurso de ódio e segregação de classe – calcada na opressão – por uma elite que fará de tudo para se manter no poder, fazendo com que a população pague a dívida destes com mais precarização de suas condições de trabalho e de vida ou até mesmo com o sangue daqueles que lutam para tentar sobreviver.

Não devemos nos calar frente a tais barbaridades e devemos ir além, verificar os verdadeiros culpados por crimes como este. Somos todos sujeitos da transformação da realidade de opressão e exploração e, para tal devemos lutar contra estes unidos, para que episódios assim não ocorram mais em nenhum lugar do planeta.

 
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