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DEMOCRÁTICOS?
Secretário de Segurança do RS apoia violência policial em nome da democracia
Leonardo Cechin

O Secretário de Segurança Pública do RS, Cezar Schirmer, declarou apoio à repressão policial contra os servidores em frente à Assembleia Legislativa em Porto Alegre. Ele justificou a ação da Brigada Militar como uma suposta defesa da democracia.

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Os servidores públicos se mobilizam no lado de fora da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, desde que foi anunciado o pacote de maldades de Sartori, que começou a ser votado na última segunda (19). Até agora já resultou na extinção de oito fundações e na consequente demissão de centenas de trabalhadores, além de uma forte repressão policial contra os que lutam.

Têm sido dias de bombas, tiros, cassetetes, sangue e correria. "Foi feito com o meu consentimento e meu apoio", afirmou o Secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, sobre a brutal repressão policial contra os servidores durante os dias de votação do pacotaço do governo.

Mas não nos precipitemos, pois ele não parou por aí: "Por uma razão óbvia: o parlamento, o poder legislativo, é um dos pilares da democracia. Qualquer atentado ao parlamento é um atentado à democracia", justificou.

Para o Secretário, o exercício da democracia se faz com uma casta de políticos privilegiados atacando os direitos da maioria em benefício dos empresários. A dita "Casa do Povo" permanece fechada, pois este é impedido de entrar por um forte aparato policial que transforma o entorno da Assembleia em um cenário de guerra.

Soa muito estranho, aliás, um secretário do PMDB falar em democracia. Isso porque seu partido comanda o país, apesar do voto de 54 milhões de brasileiros, graças a um golpe institucional, e é também o partido do governador Sartori. Hipocrisia, a gente vê por aqui.

Além deste defensor da democracia convicto, seu parceiro de partido e governo, Sartori, disse que os manifestantes não podem falar por toda a população. Será que, na ferrenha "defesa da democracia", Sartori e Schirmer consultaram os pacientes dos hospitais se eram favoráveis a cortes na saúde, ou a comunidade escolar se eram favoráveis a cortes na educação? Consultaram os trabalhadores das fundações extintas se gostariam de perder seus empregos ou se os servidores queriam ter salário parcelado e ficar sem décimo terceiro?

Parece, com bastante certeza, que os únicos com os interesses consultados e atendidos neste estado em falência são os empresários e banqueiros, estes que são a minoria, mas ao mesmo tempo são os donos dessa bela "democracia".

 
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