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E.E PEDRO ALEXANDRINO
O movimento fora Silvio continua em escola de São Paulo
Adriana Paula

Nesses últimos dois meses foram realizadas três Assembleias Escolares na EE Pedro Alexandrino, na zona norte de São Paulo, nas quais foram debatidos publicamente, por pais, professores e estudantes, grande parte dos problemas desta Unidade Escolar, oriundos de uma péssima administração do diretor Silvio, desde quando este foi designado para o cargo pela Diretoria de Ensino Norte 2.

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Foram tratadas também diversas denúncias de assédio moral, perseguições e coações praticados pela gestão contra funcionários, professores, estudantes e pais.

Nessas assembleias, estiveram presentes entre os representantes da DE Norte 2: professores coordenadores, supervisores e até mesmo a dirigente regional Sra. Rosana. A mesma que orientou os professores e estudantes a fazerem reclamações e denúncias formais sobre a ingerência do diretor e encaminhá-las para a DE.

Após protocolarem esse documento, foi aberto um processo para que fossem apuradas todas as denúncias contra a gestão de Silvio, e para essa apuração preliminar diversos professores receberam notificações da Diretoria de Ensino convocando-os a prestarem depoimentos referentes a todos os problemas enfrentados na Unidade Escolar.

Desde o último dia 08 de dezembro, os professores estão comparecendo à DE para serem ouvidos por uma equipe de supervisores responsáveis por esse processo. A cada testemunho (que dura em média cerca de 3 horas) são notórias a surpresa e a indignação da equipe ouvinte após terem ciência dos relatos de parte dos absurdos que acontecem nesse ambiente escolar.

As denúncias vão desde situações de descaso de Sílvio em relação aos projetos pedagógicos na escola, até a má administração das verbas recebidas. Dois casos exemplares para ilustrar essa situação aconteceram a pouco tempo: em reunião do Conselho de Escola, ocorrida em meados de novembro desse ano, um conselheiro pai de aluno revelou que havia conversado com o diretor pouco antes da reunião e este revelou que a escola possuía uma verba de R$ 28.000,00 desde o início do ano para ser utilizada em passeios escolares. Tal revelação causou um total espanto por parte dos professores, que nunca tiveram conhecimento dessa verba, o que impossibilitou qualquer chance de estabelecer projetos de passeio com os estudantes

Uma outra situação problemática que envolve a má administração de recursos diz respeito a uma verba federal que a escola recebe de um programa chamado Mais Educação para realização de diversos projetos com alunos do Ensino Fundamental (sextos anos até oitava série). Dentre os projetos adotados pelo diretor, sem consulta ou debate com a comunidade escolar, está uma oficina de jornal que prevê a formação de turmas de alunos para aprenderem e produzirem um jornal da escola. Porém esse projeto simplesmente não funciona. Não existem essas turmas, nem as oficinas, tampouco a publicação periódica de exemplares do jornal, apesar dessa verba ser enviada para a escola.

Uma outra situação relatada foi um fato que ocorreu mais de uma vez, na qual o diretor retirou um professor da sala de aula, numa situação de total constrangimento e humilhação, por esse professor ter chegado poucos minutos atrasado, mesmo não havendo professor substituto para ministrar aquela aula. Ou seja, para punir professores que não são de seu agrado, como lhe é prática corriqueira, o diretor acaba punindo também os estudantes, pois prefere deixá-los no pátio a terem aula nessas ocasiões.

Não satisfeito em perseguir e humilhar funcionários da escola, o diretor Silvio também costuma fazer isso com pais de estudantes. Mais de uma vez já aconteceu dele convocar alguns pais na escola, para diversas conversas escusas e ameaçadoras. Aconteceu inclusive algumas ocasiões dele orientar pais de alunos a não desenvolverem projetos com alguns professores, pois segundo ele são má influência para os estudantes, ainda dizendo para o pai que, se ele contar sobre essa conversa para alguém, o diretor iria desmentir. Uma outra situação foi quando, ano passado, alguns estudantes decidiram não fazer a prova do Saresp e depois de serem chamados pelo diretor em sua sala sob portas fechadas, o mesmo alegou que essa ação iria fazer com que o conselho tutelar fosse acionado e seus pais perderiam a guarda sobre eles.

A cada relato proferido fica ainda mais evidente a insustentabilidade desse gestor continuar nessa escola. E como a sua permanência está levando cada vez mais o ambiente escolar ao caos e a desorganização. Tal situação está sob conivência da Diretoria de Ensino Norte 2, que já sabe de todos esses problemas, ainda observa de longe sem tomar uma providência concreta à essa gestão péssima e autoritária.

Os professores, pais e estudantes continuam mobilizados nesse processo, apesar do ano letivo de 2016 ter chegado ao fim. Inclusive já encaminharam essas denúncias a outras instâncias como a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo, que já entrou em contato com a dirigente de ensino questionando o fato dela ainda não ter afastado o diretor Silvio, mesmo depois de tantos problemas e desmandos causados por ele.

Cabe a nós do Esquerda Diário que constantemente denunciamos esses abusos em nosso portal, impulsiona uma campanha na qual todos os trabalhadores e trabalhadoras possam denunciar os abusos sofridos nos locais de trabalho. Não nos calaremos nem perdoaremos tais atos. Nós do Esquerda Diário não deixaremos passar esses abusos. Denuncie você também os abusos que sofre em seu emprego. Entre em contato conosco.

 
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