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RIO DE JANEIRO
Abrigo para crianças e adolescentes pode fechar devido a crise do Estado do Rio de Janeiro
Valdemar Silva
Mestre em Serviço Social - UERJ

A grave crise que assola o Estado do Rio de Janeiro ameaça extinguir com um abrigo que acolhe crianças e adolescentes no município de Nova Iguaçu

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O Centro Interprofissional de Apoio a Criança e o Adolescente (CIACA), localizado no município de Nova Iguaçu, pode fechar as portas por falta de recursos financeiros do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A Fundação de Apoio a Criança e o Adolescente (FIA), órgão vinculado à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), encerrou o convênio com o abrigo e, desde maio de 2016, nenhuma verba é repassada pelo Estado, segundo a própria direção da instituição.

O abrigo que foi fundado em 1997 por um grupo de amigos assistentes sociais, psicólogos e pedagogos, tem capacidade máxima para acolher 15 crianças e adolescentes, mas atualmente acolhe apenas 10. A instituição também conta com 10 funcionários que estão fazendo rodízio em sua jornada de trabalho, pois estão com seus salários atrasados.

Segundo a direção do CIACA, as despesas que incluem o aluguel do imóvel; contas de luz, água, gás e telefone; salário dos funcionários; alimentação; material de limpeza e escritório giram em torno de 20 mil reais mensais. Esse valor era repassado pela FIA para cobrir essas despesas, mas devido a grave crise que o próprio Estado criou, essa verba de manutenção não foi mais repassada. Ou seja, desde maio a instituição está se mantendo a partir de doações de pessoas físicas, além de uma verba de 6 mil reais que é repassada bimestralmente pela Prefeitura de Nova Iguaçu.

Na atual conjuntura sócio política, marcada pelo acirramento das desigualdades e disputas entre as classes sociais, a extinção de um abrigo pode passar despercebido pela população, até que se torne um problema generalizado. E é exatamente essa uma das preocupações de quem trabalha na área da assistência social no Estado do Rio de Janeiro. Principalmente devido à crise instaurada por Sérgio Cabral, além de seu aliado, o atual governador Luiz Fernando Pezão, que quer aprovar o pacote de austeridade através da repressão policial.

E em nível nacional, com a aprovação da PEC 55, no fatídico dia 13 de dezembro de 2016, o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente pode entrar em colapso nos próximos anos, visto que tal emenda à Constituição congelará os gastos públicos por 20 anos a partir de 2017.

Entretanto, como disse Karl Marx em seu tempo, “a história da sociedade até os nossos dias é a história da luta de classes”. Somente com sério entendimento da grave situação que o Brasil se encontra a população enfrentará os ataques destilados de cima para baixo na pirâmide dessa sociedade. Nesse sentido, a juventude deve se levantar como em junho de 2013; traçar estratégias para se alinhar à classe trabalhadora e frear os retrocessos destinados às futuras gerações.

 
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