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REFORMA DO ENSINO MÉDIO
Filosofia e Sociologia serão diluídas no ensino médio
Redação
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As disciplinas de Filosofia e Sociologia poderão ser ensinadas de forma "diluída" durante o ensino médio, e não necessariamente como disciplinas obrigatórias ao longo dos três anos. A decisão foi do plenário da Câmara dos Deputados, que votou nesta terça-feira, 13, emendas ao texto da medida provisória (MP) que destrói o ensino médio.

Os deputados rejeitaram a proposta do PSOL de transformá-las em obrigatórias durante todo o ensino médio, e aprovaram a do deputado André Figueiredo (PDT-CE) de que os dois temas tenham "estudos e práticas" garantidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ainda que não necessariamente como disciplinas específicas. Dos 330 deputados presentes na sessão, 324 concordaram com a emenda, incluindo a oposição.

Deputados da oposição ponderaram que "o ideal" seria que Filosofia e Sociologia fossem obrigatórias durante os três anos, a exemplo de Matemática, Português, Inglês (conforme estabelece o texto original da MP), Artes e Educação física. Porém, se posicionaram a favor da modificação, com o objetivo de "reduzir danos".

O texto-base da reforma já havia sido aprovado na quarta-feira passada, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou para esta terça a apreciação dos destaques trechos sugeridos pelas bancadas e parlamentares que ainda poderiam modificar o projeto enviado pela gestão do presidente Michel Temer.

A decisão não contentou todo o plenário. "Quando se quer acabar com uma disciplina, se transforma em ’estudos e práticas’", disse a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP).

Até 21 horas, outras emendas haviam sido rejeitadas. Permaneceu a possibilidade de componentes curriculares serem ensinados a distância, a liberação de professores com "notório saber" e o tempo de dez anos para que o governo federal banque a ampliação de escolas de tempo integral. Também foi derrubada emenda que buscava inserir "educação política e direitos do cidadão" entre os conteúdos.

A reforma do ensino médio, junto a PEC do teto dos gastos, aprovada ontem sob protestos e desaprovação de amplos setores populares, gerou a maior onda de ocupações de escola do país nos últimos meses. Muitas das Universidades e escolas seguem ocupadas e indo às ruas contra as reformas golpistas que atingem a população que precisa dos serviços públicos.

 
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