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Diretas: uma opção pra classe trabalhadora? Um debate com essa ideia defendida pela CUT à FHC
André Barbieri
São Paulo | @AcierAndy

Com o horizonte da possibilidade que Temer não conclua o mandato, o tucano Fernando Henrique Cardoso disse que “gostaria que Temer resistisse no governo”, mas que se cair, “o Congresso terá de convocar eleições diretas. Porque é difícil governar nessa situação de escolha indireta”.

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A Lava Jato, símbolo do autoritarismo judiciário, tem como objetivo remodelar o regime político com um novo bloco de poder, onde novas eleições ajudaria a legitimar o regime após o golpe e os projetos de ataques mais duros.

O próprio PT, que esta tentando se relocalizar como “oposição responsável” depois de abrir o caminho à direita, reiniciou a campanha “Diretas Já”, com a CUT e a Frente Brasil Popular defendendo essa proposta.

Quanto o PT chama eleições gerais, não é por um verdadeiro rechaço aos elementos autoritários do regime. Mas sim porque sabe que está em minoria parlamentar e caso ocorra eleições indiretas. A aposta em eleições diretas está pautada na popularidade Lula.

Seu falso discurso de “greve geral”, busca desmoralizar e conter a expressão independente dos trabalhadores, serve ao propósito de preparar um desvio eleitoral encabeçado pelo PT, caso Temer falhe (como um eventual “Lula 2018”).

As propostas políticas de praticamente todo o arco da esquerda – tanto a que defende a Lava Jato, como o MES de Luciana Genro, quanto a que se adapta ao PT como setores do PSOL – concordam com este projeto funcional para relegitimar o regime político dos ricos.

Não podemos ajudar a regenerar o sistema político com uma nova dose de eleições gerais, diretas já ou impeachment de Temer. Um novo impeachment fortaleceria ainda mais o autoritarismo do Judiciário, e novas eleições apesar de parecer mais democrático é hoje a proposta de desvio da crise política para legitimar um novo ajustador com o apoio das urnas. É preciso modificar as regras do jogo, e barrar os ataques através da luta da juventude e dos trabalhadores, levantando a bandeira de uma Assembleia Constituinte que possa colocar em xeque o regime atual.

 
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