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CSP-Conlutas se pronuncia contra novo plano de flexibilização da CLT

Achamos um absurdo que essas centrais se coloquem ao lado dos interesses do governo e dos empresários num momento em que os trabalhadores precisam lutar para enfrentar os inúmeros ataques que ora sofrem.

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Fonte: CSP-Conlutas

O Governo de Dilma-PT, juntamente a CUT, UGT e Força Sindical, acabam de anunciar um plano que, segundo esses atores, pretende “defender” empregos. Na verdade, o projeto que defendem é o sonho das montadoras, trata-se de uma ideia que, baseado em experiências do sindicalismo alemão, vai resultar na redução de salários em até 15%, um absurdo; reduzir salários significa aumentar o lucro dos patões e piorar a vida de quem trabalha.

O projeto que apresentam, o chamado Programa de Proteção do Emprego (PPE), propõe que em caso de situação “comprovada” de crise de uma determinada empresa, sindicatos e patrões podem, para “evitar” demissões, pactuar condições em que os salários pagos pelos empresários possam ser diretamente diminuídos em até 30% de seu valor mensal. A partir daí, com dinheiro público, entra o governo federal com uma reposição de metade dessa perda, ou seja, o trabalhador ficaria recebendo 15% a menos que seu salário nominal. Vejam que o empregador economizaria 30% de sua folha de pagamento mensal, durante um período de até 12 meses, referente aos trabalhadores incluídos nesse acordo. Além disso, fica estabelecido que a parte dos tributos e encargos, que resultam em arrecadação para o governo, não seria afetada. Nesse jogo, só quem ganha mesmo é patrão.

A tentativa de reduzir direitos e até salários tem sido uma constante por parte das direções sindicais da CUT e outras centrais. Há pouco tempo, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, apresentou uma versão ampla de sua intenção em aprofundar gestos de colaboração com empresários, com chamado ACE (Acordo Coletivo Especial) que, na prática, possibilitaria efetivar um sonho plantado por Fernando Henrique Cardoso, pois, se aprovada essa ideia, todos os diretos previstos em lei poderiam ser negociados pelos sindicatos e patrões e valeria sobre a legislação. A CSP-Conlutas, juntamente a centenas de entidades (algumas inclusive filiadas a CUT) desencadeou uma forte campanha nacional contra esse ataque e assim derrotamos a traição pretendida.

O arrocho salarial e a retirada de direitos é uma tendência histórica dos empresários e na atualidade, frente à crise econômica, eles, com apoio dos governos de plantão, intensificam sua ofensiva e, se conseguem concretizar o ataque, não escondem sua satisfação: “Não só é mão de obra barata, mas também pesam a eficiência e a qualidade dos produtos mexicanos”, disse Luis Lozano, analista de indústria automotiva mexicana da consultoria PwC, ao comemorar o fato de o México está hoje no quarto lugar na produção de automóveis, eles fazem questão de fazer referencia aos baixos salários dos trabalhadores como um aspecto decisivo para seus êxitos.

Achamos um absurdo que essas centrais se coloquem ao lado dos interesses do governo e dos empresários num momento em que os trabalhadores precisam lutar para enfrentar os inúmeros ataques que ora sofrem. A CSP-Conlutas não fará parte desse jogo. Para defender os empregos e os nossos direitos o caminho é a nossa unidade na luta, na construção do dia nacional de paralisação, no próximo dia 29, e a preparação de uma greve geral nesse país. Não. Nós não podemos aceitar pagar por esta crise!

Chamamos todos os dirigentes e organizações dos movimentos sindical, popular e estudantil a resistirem a mais essa tentativa de redução de salários e denunciarmos esse conluio, que visa tão somente garantir os lucros e os interesses do grande capital e de seus governantes, como conseqüência piorar as condições de vida de nossa classe. Vamos nos unir e derrotar o PPE, como fizemos com ACE. Todos ao 29 maio, dia nacional de paralisação, rumo a greve geral!

 
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