Centenas de manifestantes se concentraram no Arco do Redenção neste domingo, 20, para marchar contra o racismo e pelas reparações históricas e humanitárias em relação aos crimes cometidos contra o povo negro. O ato foi organizado pela Frente Negra Contra o Genocídio do Povo Negro. Ao marcha foi finalizada no viaduto do Brooklin, com atividades culturais independentes.

A partir da compreensão de que a programação organizada pela Prefeitura na Semana da Consciência Negra não coloca o 20 de novembro como um dia de luta e resistência, diversos coletivos e organizações passaram a realizar o ato de forma independente. Nos últimos anos a manifestação tem representado um polo de resistência e denúncia do racismo que permanece no Estado e na sociedade brasileira, apesar de algumas "comemorações" institucionalizadas que ocorrem no 20 de novembro.

Essa atuação independente é um importante contraponto ao caráter unicamente festivo que a prefeitura tenta inserir no 20 de novembro. Enquanto isso, os vereadores derrubam a lei que reconhecia o Dia da Consciência Negra como feriado municipal, além de atacar as religiões de matriz africana com propostas como a que proibia o sacrifício de animais em rituais religiosos.