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CORÉIA DO SUL
Coréia do Sul: presidenta irá depor por corrupção após marchas massivas por sua renúncia
Redação Esquerda Diário Argentina

A presidenta da Coreia do Sul, Park Geun-hye, anunciou que irá depor na Promotoria por um caso de corrupção e tráfico de influência que provocou massivas mobilizações exigindo sua renúncia.

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O anúncio do depoimento diante da Promotoria se deu após as mobilizações contra a mandatária, que concentraram mais de um milhão de pessoas, o último fim de semana, que se reuniram no centro da capital sul coreana, segunda estimativas dos organizadores, diante da indignação popular que provocou o envolvimento da presidenta em um escândalo de corrupção e tráfico de influência de uma amiga próxima a Park.

O advogado da presidenta “se reunirá com os fiscais para acordar o dia e a hora” do interrogatório explicou o porta-voz. Os meios locais asseguraram que a Promotoria planeja convocar para depoimento a chefe de Estado no dia de hoje, quarta-feira 16, o que não foi confirmado oficialmente. Se de fato a presidenta comparecer para depor diante da Promotoria, será o primeiro interrogatório nessas circunstâncias de um presidente em atividade na história democrática do país asiático.

A mobilização convocada em Seúl para exigir a renúncia da presidenta, Park Geun-hye, foi caracterizada como o maior protesto da história democrática do país.

“Park Geun-hye fora” foi a frase mais gritada pelos manifestantes e presente em vários dos cartazes que portavam os mesmos, além de globos e bandeiras empregues na marcha, no terceiro protesto massivo na capital contra a presidenta da Coreia do Sul desde que estourou o escandaloso caso popularmente conhecido como “Choi Soon-sil Gate”.

Choi Soon-sil, uma mulher de 60 anos e amiga intima de Park sem cargo público, é acusada de intervir de forma oculta nos assuntos de Estado e de captar fundos de forma ilícita utilizando sua influência para depois se apropriar de parte deles.

O fato de que uma desconhecida tenha podido tomar importantes decisões governamentais e obter riquezas e privilégios a partir de sua exclusiva conexão levaram a grande parte do país a repudiar sua presidenta. A popularidade da primeira mandatária caiu para apenas 5%. No intuito de minimizar a crise Park substituiu o primeiro ministro e o ministro de economia, mas nada disto deteve o crescimento das manifestações.

As manifestações contra a presidenta Park, nessas últimas semanas, foram precedidas pela luta dos trabalhadores sul-coreanos contra uma reforma trabalhista. Dezenas de milhares de trabalhadores sul-coreanos paralisaram suas atividades e 60.000 se mobilizaram em Seul, nos fins de setembro, em rechaço a uma reforma trabalhista que afeta as escalas salariais. Junta a essas mobilizações os trabalhadores da montadora Hyundai protagonizaram a primeira greve em 12 anos contra o acordo salarial proposto pela patronal.

Traduzido por Yuri Marcolino

 
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