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PT
Tarso Genro quer reformular o PT. O que isso significa?
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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Numa entrevista ao Estadão, Tarso, líder da tese de refundação do PT, lançada após o mensalão e revivida agora, disse que esta reformulação passa por uma mudança na hegemonia interna e autocrítica radical na qual o PT, por um lado, deve assumir a responsabilidade por erros cometidos por dirigentes em nome do partido.

Para ele, se o atual grupo dirigente sonegar a autocrítica, o partido deve sofrer um racha com saída de várias lideranças importante. Para ele, o PT foi atingindo por um conjunto de forças que se organizou em torno da chamada luta contra a corrupção. Tarso Genro também afirma que exista uma devastação de todo o sistema político e partidário que atingiu principalmente quem estava no poder.

Para ele se a PEC241 for aplicada na sua totalidade, o ciclo anterior lulista se encerrou. Mas se ela for negociada e flexibilizada ao longo do processo pode ser apenas o fim de um período e se resgaste mais adiante a vontade construir um estado social relativo e que mantenha o estatuto da política como meio fundamental para resolver os problemas

Tarso Genro sustenta a visão de que o PT, para se recuperar como sujeito politico, que seja o novo condutor de reformas. Tem que se articular para fora. O ex - governador do Rio Grande do Sul afrma que não pode transformar o partido numa delagacia de polícia, mas sim ver quais são os problemas organizativos, ideológicos e programáticos que nos levaram a ser tolerantes com este tipo de conduta.

Tarso Genro defende uma nova visão de coalização e uma nova visão da frente. O ex-governador do Rio Grande do Sul defende a Frente Ampla do Uruguai. Uma organização que pega movimentos sociais e a dita esquerda democrática. Para ele, a Frente do Uruguai apresentou um programa que é dos movimentos, personalidades, organizações de base. Para ele isso seria uma frente de esquerda, diferente do que foi feito com o PMDB.

Além disso, Genro defende que o PT tem que assumir a culpa por pessoas que cometeram ilegalidades em proveito do Partido. Porém, se essas pessoas cometeram ilegalidades em proveito próprio, o partido não é responsável.

Para ele, corre risco de ocorrer uma ruptura profunda no PT. E isso só pode ocorrer, caso a maioria partidária sonegar uma profunda discussão sobre os nossos problemas certamente as pessoas irão sair do partido.

A histórica crise que o petismo sofre, de um lado é por conta que este partido se propôs a gerir os interesses dos grandes empresários e banqueiros. Para que isso o PT chegasse ao governo, teve que assimilar os métodos tradicionais espúrios da direita de governar. Com isso, este partido deixou -se levar por acordos espúrios com a direita reacionária e também com grandes empresários e banqueiros.

Do outro lado, o PT é o principal partido que está sofrendo desgaste com a Operação Lava Jato. Conforme escrevemos aqui anteriormente, a Lava Jato tem como um dos objetivos desgastar o PT, para que este partido não tenha nenhuma pretensão eleitoral para o proxímo período. Um dos motivos deste desgaste é porque o PT não implementou os ajustes que o imperialismo queria, porém outro motivo é porque este partido aceitou fazer estes acordos citados.

Porém, a reformulação no PT que pretende fazer Tarso Genro não representa uma saída a crise histórica que este partido. O ex-governador do Rio Grande do Sul pretende continuar a política de conciliação de classes deste partido, política esta que fez com que o PT se propusse a ser gestor dos interesses do capital. Com isso, Tarso quer dar uma nova mascara para o PT que em vez de combater a direita, prefere se apresentar para os grandes empresários e banqueiros como uma alternativa viável.

A intenção de Tarso Genro ao criar esta nova tendência é estancar a crise que o PT está sofrendo, ao mesmo tempo dar um novo gás ao partido. Ao fazer isso, esta tendência se torna mais um obstaculo para que surja uma força independente dos trabalhadores e dos setores populares dê uma resposta efetiva para a crise econômica e política que o Brasil está passando.

Mais do que nunca, é preciso construir uma força anti-capitalista e revolucionária capaz de se chocar com os interesses dos grandes empresários e banqueiros. Somente atingindo a propriedade privada é que vamos responder a crise que o país está vivendo

 
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