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MESTRE MOA | Amanhã, 14/10, todos ao ato-homenagem ao Mestre Moa!

No domingo, dia 14/10, às 11h na Praça da República em São Paulo, está sendo convocado um ato-homenagem para Mestre Moa, assassinado covardemente por um bolsonarista por defender a candidatura de Haddad. Fazemos um chamado a que estejam todos no ato, exigindo que as centrais convoquem em todo o país comitês de base contra Bolsonaro e os golpistas.

sábado 13 de outubro de 2018 | Edição do dia

INTRO:
Na cidade de Salvador, Romualdo Rosário da Costa, Mestre Moa de Katendê foi assassinado de forma covarde com 12 facadas por um apoiador de Bolsonaro. Ele tinha 63 anos e era um dos mais importantes mestres de capoeira do país, fundador do histórico bloco afro Afoxé Badauê em Salvador e ativista em defesa da cultura negra e sua difusão. O autor do assassinato, bolsonarista, confessou que o assassinato foi politicamente motivado porque Moa havia defendido Haddad na discussão.

Essas eleições foram marcadas pela continuidade do golpe institucional, tuteladas pelas forças armadas, manipuladas pelo Judiciário, com a prisão arbitrária de Lula com o claro objetivo político de impedi-lo a concorrer às eleições, proscrição de quase 1,5 milhão de eleitores no Nordeste, além de uma guinada da grande imprensa, agronegócio, empresários e políticos golpistas em defesa de Bolsonaro. O fortalecimento dessa extrema direita ultraneoliberal, racista, homofóbica, machista e escravista se materializou no assassinato de um capoeirista, essa luta que é um dos mais fortes símbolos da cultura e heróica luta negra no Brasil.

As 12 facadas que penetraram o corpo de Mestre Moa vieram diretamente da boca de Bolsonaro, seu partido e seus aliados que estimulam o discurso de ódio aos negros, nordestinos e imigrantes. Bolsonaro fez uma carreira de 28 anos baseada na apologia à ditadura, à tortura e à retirada de direitos dos trabalhadores. Bolsonaro é a representação mais abjeta dos senhores de engenho e escravocratas.

Bolsonaro é o representante de um projeto imperialista de roubo das riquezas nacionais, que quer fazer com que a classe trabalhadora, em sua maioria negras e negros, pague ainda mais caro pela crise que os capitalistas criaram, com ameaça de retirada do 13º salário e a aprovação de uma terrível reforma da previdencia.

Não vamos deixar nenhuma morte ou ataque bolsonarista baratos. Este é um país com uma profunda e rica história de negros que se rebelaram contra a escravidão; fizemos as elites colonial e imperial tremerem, tradição que conflui com a formação da classe trabalhadora no Brasil. Às direções da classe trabalhadora, em especial as dirigidas pelo PT, como a CUT e a CTB, fazemos um chamado: que organizem a enorme revolta que há na classe trabalhadora, com comitês de base contra Bolsonaro, os golpistas e as reformas, em defesa de nossos lutadores como a irmã de Marielle, que foi atacada na semana passada, e também para colocar em marcha a grande força que pode de fato derrotar Bolsonaro, que é a luta nas ruas, nas fábricas, nas escolas e nas universidades.

Acompanhamos todos que querem derrotar Bolsonaro nas urnas votando em Haddad, e por isso votamos criticamente no PT sem prestar nenhum apoio político a esse partido, que por anos manteve a paralisia nos sindicatos. Fazemos um chamado a que as centrais sindicais e entidades estudantis rompam a paralisia e convoquem assembleias pra colocar de pé milhares de comitês em todo o país nas fábricas, universidades e locais de trabalho coordenando um plano de luta com manifestações e ocupações que possam culminar numa paralisação nacional para derrotar Bolsonaro e o golpismo.

A resistência e ousadia do povo negro esteve na linha de frente da luta de classes, e nela nos referenciamos. Enquanto houver capitalismo haverá racismo. Enquanto houver capitalismo, haverá resistência negra, para a fúria de Bolsonaro e companhia. Mestre Moa foi assassinado porque carregava em suas veias essa história e essa força.

MESTRE MOA: PRESENTE!




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