Weintraub segue o exemplo do ministro do agronegócio na posse do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para passar a sua “boiada” de ataques contra a educação pública aproveitando o foco midiático à crise do coronavírus e entre governo Bolsonaro e STF e ao não funcionamento das universidades federais devido à epidemia.
quinta-feira 28 de maio de 2020 | Edição do dia
Hoje saiu no diário Oficial da União o despacho presidencial que encaminha para o Congresso o projeto privatista “Future-se” que pretende entregar aos empresários da educação privada as universidades e institutos federais no Brasil.
Ocupando as últimas linhas da mensagem tentando não chamar a atenção, o Nº 302, de 26 de maio de 2020 passa quase batido decreta o “Encaminhamento ao Congresso Nacional do texto do projeto de lei que "Institui o Programa Universidades e Institutos Empreendedores e Inovadores - Future-se".
O governo Bolsonaro tenta fazer da maior crise sanitária, que tirou já a vida de mais de 25 mil pessoas graças a política assassina de Bolsonaro para manter as altas taxas de lucros de seus apoiadores capitalistas, uma verdadeira oportunidade e negócios, a oportunidade de colocar o ensino superior público à venda, tentando aproveitar que muitos estudantes que protagonizaram grandes manifestações ano passado contra os cortes nas federais não estão mobilizados nas ruas e nas universidades por conta da epidemia.
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Apesar de Weintraub ter sofrido desgastes com a venda de cargos chaves de seu ministério para o centrão em troca de apoio político à Bolsonaro, assim como sofrer retaliações do congresso como por exemplo a proposta autoritária intervencionista de escolha de reitores próxima de caducar, é necessário o máximo rechaço ao projeto privatista que tornará a educação brasileira ainda mais excludente e elitista do que já é atualmente.
ENEM: porque a decisão do INEP é insuficiente?
