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DEMISSÕES NA INDUSTRIA | Volkswagen vai demitir 3,6 mil trabalhadores e retirar direitos

A Volkswagen informou ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que ira demitir 3,6 mil trabalhadores na fabrica de São Bernardo do Campo, ou 34% do seu efetivo, de 10,5 mil funcionários.

terça-feira 12 de julho de 2016 | Edição do dia

A empresa também propõe varias medidas, como a abertura do um novo Programa de Demissão Voluntária, redução de salário para os novos funcionários, corte no adicional noturno e nos benefícios e fim da estabilidade para acidentados. Entre os demitidos, 2,5 mil são da área de produção e 1,1 mil do setor administrativo.

Estas propostas serão discutidas entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e patronal e depois serão levadas para uma assembléia de trabalhadores. A nova proposta da empresa altera acordo fechado com o sindicato, que previa o congelamento dos salários até 2017. A intenção agora é estender a medida até 2019 e em 2020 e 2021 aplicar o repasse da inflação

A Volkswagen disse que pretende continuar com o lay –off (suspensão de contratos) e o PPE, mas em bases diferentes, com corte maior dos salários e menor participação na parte que lhe cabe a complementação salarial. Hoje, a empresa tem 8,4 mil funcionários em PPE, com jornada e salários reduzidos em 20%, e 610 em lay-off.

Estas propostas já foram feitas por outras montadoras, como a General Motors de São Caetano do Sul, mas medidas como a redução do adicional noturno e fim da estabilidade para acidentados não foram aceitas. A proposta é valida só para a fábrica do ABC. Na fabrica de Taubaté e de São Bernardo, a Volks suspendeu o PPE em junho e neste mês, para compensar os dias parados por falta de banco. O lay-off destas unidades estão sem data definida para acabar.

Numa escalada de desemprego, a industria vem sendo uma das áreas mais afetadas, apesar dos lucros das montadoras. É preciso lutar pela abertura do livro de contas das empresas que alegam demissões por baixo rendimento, alem de exigir dos sindicatos que organizem seriamente a defesa do emprego com escala móvel de salários e redução da jornada de trabalho sem redução salarial, garantindo os empregos existentes e abrindo a possibilidade de contratação de trabalhadores desempregados. Assim como lutar pelo fim das demissões.




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