Milhares de estudantes e trabalhadores saíram às ruas nesta quarta-feira em mais de 120 cidades francesas. Os sindicatos fazem um chamado a uma greve no dia 31 de março.
Juan Andrés GallardoBuenos Aires | @juanagallardo1
quinta-feira 10 de março de 2016 | 01:30
A jornada que começou nas primeiras horas da madrugada foi antecipada por assembleias universitárias lotadas nas principais faculdades do país, como em Toulouse e a marcha Paris 8.
Durante todo o dia foram se realizou ações em mais de cem cidades, exigindo a retirada imediata da lei de reforma trabalhista, conhecida como “Lei Khomri” (em referencia a ministra francesa do trabalho). A reforma precariza as condições de trabalho, eliminando de fato a jornada de trabalho de 35 horas, facilitando as demissões, diminuindo as indenizações e atacando os acordos coletivos ao permitir a negociação por fábrica.
O governo de Françoise Hollande teme que a luta contra a reforma trabalhista termine se transformando em uma “rebelião” dos jovens - como aconteceu há alguns anos atrás contra a lei do Contrato do Primeiro Emprego (CPE) – e acabe enfraquecendo seu governo de maneira profunda.
Sem esperar a decisão das principais centrais sindicais que convocaram uma greve para o dia 31 de março, os estudantes universitários, junto aos secundaristas e algumas federações sindicais saíram às ruas com promessas de novas mobilizações para os próximos dias.
Tradução do espanhol: Cassius Vinicius.
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