×

Os representantes do sindicato dos Metalúrgicos do ABC se reuniram nesta sexta-feira (04/09) com a diretoria da Volkswagen de São Bernardo do Campo para dar início às negociações referente à adesão da montadora ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego).

Em janeiro deste ano a montadora anunciou a demissão de 800 funcionários da Unidade de São Bernardo, que desencadeou uma greve com duração de 10 dias. Após esse período a fábrica voltou atrás e não houve demissões.

A unidade de São Bernardo tem cerca de 12 mil funcionários, sendo 8 mil na produção e o restante nas áreas administrativas, portanto, a empresa justifica que para adequar a queda na produção ao efetivo de trabalhadores, afastou 2.237 metalúrgicos por meio de Lay-Off (suspensão dos contratos de trabalho) em 1 de junho até outubro deste ano. A pretensão do sindicato é que após o retorno dos trabalhadores em Lay-Off, a montadora adote o PPE, evitando assim demissões.

O programa do Governo não garante estabilidade aos metalúrgicos e reduz jornada de trabalho com redução salarial. Então, os trabalhadores continuam dessa forma pagando pela crise. Nesse sentido, o sindicato que deveria organizar a luta dos trabalhadores para reverter as demissões, a redução de jornada sem redução de salário, mas sem redução de salários, fecha propostas com a patronal, de ataque aos trabalhadores como fez na Mercedes encerrando a greve aderindo ao PPE e congelando os salários

Segundo o jornal regional ABCD MAIOR a montadora alemã está entre as fabricantes de veículos que apresentaram queda nas vendas este ano. Os dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), revelam que entre janeiro e julho de 2015, o volume de licenciamento de automóveis da marca foi 32, 8% menor do que o mesmo período do ano passado e o de comerciais leves 18,8% abaixo na mesma comparação. Porém, a produção não para e a lucratividade dos patrões também não, a crise econômica só é sentida na mesa do trabalhador brasileiro! Os operários não têm acesso aos livros de contabilidade da empresa, mas se tivessem acesso veriam que há recursos para garantir o salários de todos!

O sindicato não deve ser um amortecedor dos golpes das patronais aos trabalhadores. Mas sim, mostrando que a massa operária, unificada, pode combater de forma contundente a todos os ataques da burguesia-imperialista. Porém, com o rumo que seguem os sindicatos dirigidos pela CUT hoje, os trabalhadores tendem a cada vez mais abaixar a cabeça para as imposições do patrão.

Na imagem, unidade da Volkswagen localizada na Rodovia Anchieta em São Bernardo do Campo.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias