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PLENÁRIA ABERTA NACIONAL DA FAÍSCA | Unificar a luta da juventude com os trabalhadores sem confiar nas saídas do regime golpista

Cortes nas universidades, ataques, reformas, retiradas de direitos, mortes, fome e desemprego, essa é a situação de miséria que Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas, do Congresso, judiciário e governadores, têm a nos oferecer. Precisamos unificar a luta da juventude aos trabalhadores sem confiar em nenhuma saída por dentro dessas instituições golpistas, podemos confiar apenas na força da nossa luta e organização para varrer esse regime de conjunto.

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

quinta-feira 20 de maio de 2021 | Edição do dia

Com o aprofundamento da crise, Bolsonaro e o Congresso Nacional, aproveitam para atacar ainda mais a juventude e os trabalhadores, aprovaram um orçamento R$ 4,2 bilhões menor que o de 2020, na Lei Orçamentária Anual de 2021, que atingirá cerca de 69 universidades federais, algumas inclusive até ameaçaram fechar neste segundo semestre. Com certeza, quem pagará mais caro por esse projeto de sucateamento da educação, mas também da saúde, com hospitais universitários parando de funcionar e pesquisas em desenvolvimento de vacinas brasileiras, serão os setores mais precarizados da universidade e da sociedade.

Os estudantes que recebem assistência estudantil, em sua maioria negros que trabalham em condições precárias, as bolsas de pesquisa e extensão, os trabalhadores terceirizados, uma maioria negra e feminina, não liberados com remuneração durante a pandemia em diversas universidades, serão os primeiros a sofrer com esse ataque absurdo.

Bolsonaro, Mourão, os golpistas e capitalistas reservam à juventude e à toda sociedade um futuro de miséria. Não à toa que os 441 mil mortos pela Covid, são em sua maioria negros e trabalhadores, assim como os desempregados e a população pobre que passa fome. Junto dos trabalhadores, a juventude vem sofrendo fortemente com as consequências dos ataques promovidos pelas diversas alas desse regime como as Reformas Trabalhista e da Previdência, PEC do teto dos gastos, PEC Emergencial, etc.

Não podemos ter a ilusão de que estes atores golpistas estão do nosso lado, precisamos mais do que nunca levantar, agora, uma saída alternativa e da nossa classe, trabalhadores ao lado da juventude, das mulheres, negros e lgbts, que varra todo esse regime de conjunto. Saídas por dentro do regime golpista como o impeachment que levaria nada menos que o General Mourão, saudosista da Ditadura Militar, ao poder e que continuaria com os ataques não responde às nossas demandas; ou até mesmo as ilusões que existem na CPI, que na realidade é um grande teatro para que os golpistas, que também tem em suas contas os 441 mil mortos pela pandemia, saiam ilesos e se fortaleçam em uma tentativa de “desgaste” de Bolsonaro.

Não podemos deixar que o regime e a mídia continuem apontando os holofotes para dentro das instituições golpistas e colocando-as como nossa única saída, seja no impeachment, na CPI ou preparando o terreno em uma espera, passiva, das eleições de 2022 como faz o conjunto da esquerda, as entidades estudantis como a UNE, e as Centrais sindicais, que têm ilusões no Lula e no PT. Não podemos esquecer que o PT administrou o capitalismo por 13 anos, inclusive passando duros ataques à classe trabalhadora com reformas e ajustes, e também à juventude universitária com um corte de de 13 bilhões no governo Dilma, e à juventude negra e periférica com as UPPs no Rio que assassinou dezenas de jovens. Também não podemos confiar que as respostas aos cortes virão da auditoria aberta no TCU para apurar os cortes no orçamento das universidades federais. Os únicos que visam uma alternativa que não coloque o lucro acima das vidas somos nós, trabalhadores, jovens, mulheres, negros e lgbts.

Veja também: “A saída está na força da nossa luta, não na CPI desse regime golpista", diz Marcello Pablito

Somente retomando os métodos históricos de luta dos trabalhadores, que questionaram profundamente esse sistema e seus governantes, em uma aliança com a juventude poderemos avançar para dar uma resposta concreta para a crise.

Por isso, levantamos a necessidade de batalhar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que seja imposta pela nossa luta e mobilização para revogar cada reforma, cada ataque, como a PEC 95 do teto dos gastos e os cortes. Essa é a única forma de apresentar uma saída mais profunda para todas as nossas demandas, se enfrentando com todas as instituições desse regime político, que quando querem e convém se unificam para nos atacar, e com os capitalistas e seus lucros.

A UNE, dirigida majoritariamente pelo PT, PCdoB e Levante Popular, e as centrais sindicais como a CUT(PT) e a CTB(PCdoB), deveriam romper com o seu imobilismo, inclusive que é bastante funcional ao fortalecimento de todo o regime, e organizar ativamente unindo as bandeiras das lutas dos estudantes e trabalhadores. A direção da UNE e dos DCEs deveriam cumprir com a sua responsabilidade dentro das entidades em que foram votadas e convocar assembleias gerais com direito a voz e voto por todas as universidades federais para que todos os estudantes participem da organização do dia de luta contra os cortes, 29 de maio, convocado pela UNE. Nossa luta deve ser inspirada nas mobilizações na Colômbia, onde a juventude é linha de frente no combate a repressão da polícia racista colombiana e contra o governo do direitista Ivan Duque; na resistência do povo palestino contra o Estado assassino de Israel financiado pelo imperialismo ianque, e na greve dos metroviários de SP ontem, que é um exemplo de força contra os ataques de Doria, onde a juventude esteve ao lado dos trabalhadores. É nessa perspectiva que nós da Faísca, juventude anticapitalista, marxista e revolucionária, atuamos nas universidades onde estamos.

Participe da plenária nacional aberta da Faísca e do Pão e Rosas neste domingo, 23/05, às 16h para debater conosco como batalhar contra os cortes ao lado dos trabalhadores para que sejam os capitalistas que paguem pela crise!

Inscrições aqui.

Assista o vídeo completo: Abaixo os cortes na educação! Fora Bolsonaro, Mourão e Golpistas!




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