sexta-feira 11 de março de 2016 | 00:00
Ja são 14 anos de governo do PT. Nesse tempo muito nos foi prometido. Nos disseram que caso nos esforçasse teriamos salários dignos, um trabalho estavel, uma profissão, um padrão de consumo superior a dos nossos pais, possibilidades de fazer ensino superior e cursos de capacitação profissional atravez de bolsas e financiamentos. O que não nos contaram foi o custo dessas promessas (reforma da previdencia, aumento da terceirização e flexibilização do trabalho).
Como o leitor pode observar, não nos foi dado grandes sonhos como a emancipação das novas gerações, o fim da exploração, nem nada parecido. Os timidos sonhos dados pelo petismo, a ser conquistados com muito suor, eram benéficos no momento para perpetuação da exploração e aumentar o lucro dos capitalistas, pois aumentava o consumo de mercadorias, capacitava a mão de obra para trabalhos mais complexos e camuflava os ataques contra os trabalhadores que passavam sem ser notados.
De uma hora para outra nos avisaram que chegou a crise economica, que tudo que nos foi prometido não tem como seguir adiante, que passamos por uma "decada perdida", onde temos que apertar os cintos, esquecer os sonhos de estudo e trabalho melhor e nos contentar com menos postos de trabalho (18,9% de desemprego entre os jovens em janeiro deste ano, excluindo os que ja desistiram de procurar trabalho, segundo IBGE) sendo os que existem em sua maioria são precarias, terceirizadas, com alta rotatividade, onde são os salários são baixos e muitas vezes não assinam a carteira de trabalho. A oposição de direita ao governo afirma que a solução é o impeachment, mas na verdade o querem apenas para atacar mais e nos fazer apertar ainda mais o cinto
Nos impõem tal condição afirmando que é isso que os grandes empresarios necessitam para retomar os lucros e o cresciento e assim voltar gerar empregos e .... Pera lá! Não temos nada a ver com o lucro dos empresarios. Nunca participamos disso. Fizemos nossa parte. Nos prometeram um futuro, sonhamos e batalhamos por esse sonho, e agora nos privam dele (que era o minimo, trabalho digno e estudo) em nome de interesses que não temos nada a ver.
Se esse sistema não nos garante um futuro com condições minimas de vida, que vá abaixo toda essa merda! Que vá abaixo com todo o ódio que nos gera as humilhantes agencias de emprego, onde somos tratados igual animais disputando no tapa uma vaga de emprego (muitas vezes a primeira na carteira); os angustiantes postos de trabalho precario,seja na industria ou no comercio onde não contamos com o menor direito de organização, com sindicatos totalmente ausentes, tendo muitas vezes que aguentar calados descontos salariais injustos, desmados de chefias e insalubres condições de trabalho; os cursos largados ou nem iniciados pela falta de dinheiro para paga-los; a falta de acesso ao lazer, seja pela falta de tempo (consumido pelo trabalho), seja pela fatla de opções de laser, seja pelo alto custo do transporte.
Os trabalhadores mais velhos, apesar de também serem atacados, ainda se mantém muito controlados por seus sindicatos que não querem lutar contra a crise (na maioria governistas como a CUT ou diretamente patronais como a Força Sindical). No sentido contrario, os jovens de conjunto começaram a mostrar em 2013 sua disposição de lutar nas jornadas contra o aumento da passagem. Recentemente os estudantes secudaristas mostraram sua força na luta contra o fechamento de escolas em SP, contra a privatização do ensino em Goias e está mostrando agora na greve dos professores do RJ. Está na hora da revolta da juventude se voltar para dentro das fábricas, logisticas, comércios e todos os locais de trabalho, base economica de poder da classe dominante , onde nós jovens trabalhadores somos explorados diariamente. Mostremos aos capitalistas que não esmagarão nossa capacidade de sonhar e dessa vez não nos contentaremos com o mínimo.
Organizemo-nos para, ao lado dos estudantes, ser vanguarda na luta contra a crise e mostrar o caminho para todos os trabalhadores. Juntos, tomaremos o céu ao assalto e conquistaremos um amanhã verdadeiramente melhor, onde todos terão acesso a cultura e lazer ii e trabalharemos não para os lucros do patrão, mas para os interesses dos trabalhadores.
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