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DIREITOS HUMANOS | Um defensor dos direitos humanos é assassinado a cada 5 dias no Brasil

Segundo o dossiê "Vidas em luta: criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil", no Brasil a cada 5 dias dos anos de 2016 e 2017 há mais de uma morte de defensores de direitos humanos.

quarta-feira 5 de julho de 2017 | Edição do dia

Mesmo com a sub-notificação, no ano passado foram registrados 66 mortes e só neste ano já foram registradas 37 mortes, segundo o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos. A maioria das mortes estão concentradas na região norte do país, sendo os maiores índices no estado de Rondônia.

Os conflitos por terras lideram as causas das mortes, com denúncias que mostram a articulação entre grandes latifundiários, madeireiras, grileiros e empresas com a própria polícia e grupos de pistoleiros. A região Nordeste é a segunda que tem mais mortes segundo o relatório, sendo a grande maioria concentrada no estado do Maranhão, sendo muitas mortes de lideranças indígenas.

Os números são muito maiores, já que os dados não chegam no contexto urbano, e não conseguem mostrar os assassinatos e a repressão a integrantes de movimentos sociais ligados à questão LGBT, mulheres e negros, ou mesmo os de direito à moradia e outras questões que estão mais presentes nas grandes cidades.

A repressão violenta do Estado à manifestações também é uma das causas apontadas, ainda mais com a Lei da Garantia da Lei e da Ordem, decretada por Temer, no dia 24 de maio em Brasília, colocando o exército para conter os manifestantes e fazendo da manifestação uma verdadeira praça de guerra, com dezenas de feridos.




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