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ESCOLA SEM PARTIDO / CAMPINAS | URGENTE: Vereadores de Campinas aprovam o projeto de lei da Escola sem Partido

Na noite desta segunda-feira, 4, na cidade de Campinas, vereadores aprovaram o projeto de lei Escola sem Partido, que instala um regime policialesco nas escolas em especial sobre os professores, proibidos de fazerem discussões sobre gênero, política, ou quaisquer discussões definidas como “ideológicas”.

segunda-feira 4 de setembro de 2017 | Edição do dia

Danilo Magrão, professor da rede pública de Campinas, relata em vídeo a sessão da Câmara de Vereadores de Campinas que aprovou o projeto Escola sem Partido para as escolas do município, chamando aos jovens, servidores municipais, professores e demais categorias de trabalhadores a ocuparem as ruas contra esse brutal retrocesso democrático.

Veja o vídeo:

Além de tratar-se de um projeto que fere princípios básicos da Constituição – não atoa o STF interviu contra essa lei aprovada em outra cidade – trata-se de um projeto repudiado por diversas faculdades e institutos que pesquisam educação, como a própria Faculdade de Educação da Unicamp.

Não atoa, o processo de votação foi palco de pregações misóginas, autoritárias, como a fala do vereador Campos Filho (), falando sem o menor pudor que Simone de Beauvoir era uma depravada e devassa. O redator do projeto, Tenente Santini, para provar que não devia legislar sobre a Educação (ou qualquer outro tema) é defensor do período da ditadura militar e da redução da maioridade penal. Para ele, o destino dos jovens pode ser resolvido na prisão ou nas balas da BAEP.

Não apenas o discurso, mas o encaminhamento da votação foi feito em regime de urgência, portanto autoritário em toda a linha, com os vereadores pouco se questionando o fato de um projeto tão controverso e questionável em vários âmbitos, possa ser votado sem qualquer debate com a população.

Para ajudar os vereadores reacionários, o MBL junto a direitosos integralistas, fascistas e defensores da ditadura, que agrediram e ameaçaram professores e jovens contrários ao projeto Escola sem Partido, fizeram um pequeno coro a todo discurso reacionário que a grande maioria dos vereadores defendeu.

Com um plenário majoritariamente de setores contrários à Escola sem Partido, dentre eles em grande parte professores e estudantes das escolas e universidades, além de municipais em greve e outras categorias de trabalhadores, apenas 4 dos 32 vereadores presentes deram voto contrário ao projeto: Mariana Conti (PSOL), Gustavo Petta (PCdoB), Pedro Torinho (PT), Carlão (PT).




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