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ENSINO REMOTO EMERGENCIAL | URGENTE: UFRGS votará aprovação do ERE racista e excludente nesta quarta

Nesta quarta feira (22), às 14h a UFRGS votará a aplicação do Ensino Remoto Emergencial (ERE), que irá aprofundar a exclusão dos estudantes negros e pobres da universidade.

terça-feira 21 de julho de 2020 | Edição do dia

Nesta quarta feira (22), às 14h ocorrerá a votação do Ensino Remoto Emergencial na UFRGS (ERE), um plano de retorno às aulas da universidade com aulas à distância durante a pandemia do coronavírus. O ERE está sendo imposto pela reitoria, e que irá precarizar o ensino e excluir os estudantes que não tiverem condições para assistir as aulas remotas. A UFRGS quer retomar o calendário do semestre com uma normalidade que não existe no meio dessa pandemia que já tem mais 80 mil mortes.

Em todo o país as universidades aderem a essa modalidade de ensino, que apesar de uma sigla distinta, carrega as principais contradições objetivas do EAD: impede que a parcela mais precária dos estudantes, maioria negros e negras, possa seguir seus estudos. Seja pela falta das condições materiais de acesso, pela falta de condições psicológicas de manter uma rotina de estudos em meio à desgraça vivida por milhares de famílias com a pandemia, adoecendo, perdendo ou reduzindo drasticamente sua renda, o ERE significa ainda mais exclusão.

Ao invés desse plano elitista e racista ser aplicado, às universidades poderiam estar totalmente giradas para a produção de conhecimento e ferramentas para combater o coronavírus. Cada curso pode pensar formas de contribuir no combate ao novo coronavírus seja em pesquisas laboratoriais, seguindo as medidas de proteção e segurança, produzindo testes massivos, seja pensando medidas de emergência e campanhas nas comunidades periféricas para barrar a contaminação que avança diante da omissão do governo Bolsonaro, que junto com os militares e o Congresso segue querendo aplicar cada vez mais ataques aos trabalhadores e a juventude que mais sofrem com a crise sanitária, enquanto os capitalistas preservam seus lucros.

A decisão do ERE será tomada apesar de boa parte dos estudantes não terem acesso e não terem tido sequer a possibilidade de opinar a respeito. Viemos colocando através do Esquerda junto com a juventude Faísca, e os centros acadêmicos do Teatro e das Artes Visuais da UFRGS (CADi e CATC) a necessidade um plebiscito para que o conjunto da comunidade acadêmica e, particularmente, os estudantes, pudessem ser parte de decidir seu próprio futuro. seguiremos enfrentando isso, mesmo após sua votação, denunciando cada caso de estudante que perderá sua matrícula, denunciando a situação de exclusão que é colocada principalmente às e aos cotistas, negros e de baixa renda com o ERE. Chamamos todas e todos, assim como o DCE e os demais CAs a serem parte desta batalha.




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