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ESCOLA SEM PARTIDO | URGENTE: Escola sem Partido pode ser votado na câmara de São Paulo nesta quinta

Projeto de Lei 325/2014 que institui o "Programa Escola sem Partido" no município de São Paulo entrou em debate na câmara municipal nesta tarde e pode ir à votação amanhã (07/12).

quarta-feira 6 de dezembro de 2017 | Edição do dia

O projeto de lei é de Eduardo Tuma (PSDB) e Fernando Holiday (Democratas) e tem o apoio, até então, de 14 dos 55 vereadores que compõem o Legislativo de São Paulo. Eles assinaram a proposta como co-autores. Toda a bancada do PMDB apoia a proposta.

Alegando combate a "doutrinação ideológica" nas escolas, o movimento Escola sem Partido veio adotando como tática se diluir em projetos municipais ou estaduais em vários cantos do país, entrando na pauta através de emendas à lei orgânica dos municípios ou projetos de lei. O plano de diluir o projeto por cidades se fundamenta em evitar uma grande mobilização nacional e um desgaste do projeto em ano eleitoral. Foi assim que Magno Malta, senador da bancada religiosa e autor do projeto a nível nacional, desistiu de seu PL e o retirou de tramitação no mês passado.

Por trás do slogan e da promessa de que um cartaz na parede da sala de aula vai livrar os jovens da "doutrinação ideológica" está a velha censura. Na prática a ideia que move o Escola sem Partido quer censurar os professores, impor uma falsa neutralidade, esvaziar o ambiente escolar de debate e política.

Se é verdade que o nome "Escola sem Partido" emplaca no ideário da população porque mais do que nuca os partidos do regime enojam os trabalhadores com a lama da corrupção e ataques contra nossos direitos que protagonizam, é mais verdade ainda que o Escola sem Partido tem partido, e é o mesmo dos que querem precarizar ainda mais a vida da juventude que amarga numa escola pública já amplamente sucateada, com professores profundamente desvalorizados, humilhados.

Os que falam de neutralidade se escondem de uma cortina de fumaça e depois querem confundir ao falar que a escola tem que ser um espaço plural de ideias, ora, como ser plural e neutro ao mesmo tempo? Não existe neutralidade, e a pluralidade se faz justamente quando as ideias são expostas abertamente, dando chance ao debate, ao contraditório.

O "Escola sem Partido" é parte de um avanço ideológico à direita em todo o pais, um projeto de censura e perseguição dos educadores, que tem como cara Bolsonaros e MBLs que se mobilizam para aprovar esse absurdo nas cidades país afora, como estão chamando para a votação de amanhã em São Paulo.

Nossa luta para que a escola tome sim partido contra o machismo, o racismo, a LGBTfobia, contra as injustiças desse mundo e a construção de um sonho de transformação segue, mesmo que eles tentem calar.

Amanhã vamos à câmara de São Paulo. Abaixo o Escola sem Partido!

Para entender mais a fundo o projeto: Ideias de Esquerda: o que significa o projeto "Escola sem Partido"?




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