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Sérgio Moro | Tribunal de Ética da OAB proíbe Moro de praticar a advocacia para clientes da Alvarez & Marsal

Decisão é uma resposta às atribuições de Sérgio Moro, após assumir o cargo de diretoria na área de “Disputas e Investigações” da consultoria Alvarez & Marsal, que trabalha com a recuperação de empresas alvos da Lava Jato, operação que, por sua vez, foi símbolo do autoritarismo judiciário quando Moro atuou como juiz.

quinta-feira 3 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Imagem: Joédson Alves/EFE

Em decisão divulgada em 1º de dezembro, o Tribunal de Ética da OAB determinou a proibição de Sérgio Moro praticar a advocacia para os clientes da consultoria Alvarez & Marsal, empresa na qual assumiu recentemente cargo na diretoria da área de “Disputas e Investigações”, que trabalha com a recuperação de empresas que foram alvos da operação Lava Jato, encabeçada pelo próprio Sérgio Moro quando era juiz.

Embora o próprio Sérgio Moro tenha tentado se justificar em sua conta no Twitter dizendo que sua atuação na Alvarez & Marsal “não é advocacia, nem atuarei em casos de potencial conflito de interesses". Mas em nota veiculada pela própria Alvarez & Marsal para anunciar a contratação de Sérgio Moro, o sócio diretor da empresa, Steve Spiegelhalter, declarou que “Nos esforçamos para incorporar em nossas investigações a experiência exclusiva de nossos diretores administrativos em termos de regulamentação, processo e aplicação da lei”. Tanto é que a resposta do Tribunal de Ética da própria OAB reconheceu e determinou a proibição de sua prática de advocacia às empresas

É patente como a trajetória de Sérgio Moro é marcada por recompensas aos serviços prestados para fortalecer a penetração dos interesses imperialistas norteamericanos através do autoritarismo judiciário no Brasil, seja quando assumiu o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro, após ter sido peça chave no golpe de 2016 e na prisão arbitrária de Lula, seja agora tomando parte em uma empresa de consultoria privada, que alavanca seus lucros trabalhando na recuperação judicial de empresas que foram alvo da própria Operação Lava Jato, como a Odebrecht, Queiroz Galvão e Sete Brasil.




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