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Guerra na Ucrânia | Trabalhadores ferroviários bielorrussos interromperam abastecimento de guerra russo

Segundo fontes ucranianas, os trabalhadores ferroviários bielorrussos cortaram as conexões de trens com a Ucrânia no sábado. Como resultado, foi interrompido o abastecimento do exército russo.

terça-feira 22 de março de 2022 | Edição do dia

No sábado, o chefe das ferrovias ucranianas, Olexander Kamyshin, anunciou que os trabalhadores da vizinha Bielorrússia, ao norte do país, haviam cortado as conexões ferroviárias com as zonas da frente de guerra. “Hoje posso dizer que não há tráfego ferroviário entre a Bielorrússia e a ucrânia”, segundo a agência Deutsche Welle, tomando como fonte a agência de notícias ucraniana Unian.

Franak Viacorka, uma das pessoas de confiança da líder opositora bielorrussa exilada, Sviatlana Tsikhanouskaya, também se referiu à ação no Twitter, “Os trabalhadores ferroviários bielorrussos interromperam a conexão ferroviária com a Ucrânia para que os trens com equipamentos russos não pudessem ser transferidos”.

Até o momento, a informação dada pela agência de notícias alemã não foi confirmada por fontes independentes, mas o fato é um sinal de que os trabalhadores podem parar a máquina de guerra. A Bielorrússia é um aliado central do regime russo e, como zona de preparação e abastecimento, é crucial para lançar o ataque contra Kiev.

Em 2020 e 2021, o país viu meses de protestos e uma greve geral contra o governo autoritário do presidente Alexander Lukashenko. Apesar de milhares de presos com denúncias de maus-tratos, torturas e diversas mortes, a valente ação dos trabalhadores ferroviários bielorrussos demonstra que a resistência contra Lukashenko e Putin continua.

Também pode ser um modelo para o movimento contra a guerra na Rússia, que pretendem intimidar sob uma repressão cada vez mais dura.

Também na Alemanha, os trabalhadores ferroviários se opõem à guerra, às entregas de armas e ao rearmamento do governo alemão. Afinal, o fornecimento de armas por parte das potências europeias só abre a perspectiva de um confronto ainda maior entre os países da OTAN e a Rússia. Para lutar por paz, os trabalhadores devem se unir em todo o mundo e deter o belicismo com greves e sabotagens, como na Bielorrússia e Itália.




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