terça-feira 7 de abril de 2015 | 00:15
Os professores e funcionários técnico-administrativos das universidades federais vão se somar à jornada de lutas convocada pelo funcionalismo público federal, que ocorrerá do dia 7 ao 9 de abril.
Reunidos no Espaço de Unidade e Ação, os sindicatos e movimentos sociais críticos e de oposição ao governo Dilma - entre eles a CSP/Conlutas - estão convocando mobilizações contra os cortes de verbas e retiradas de direitos promovidos pelo governo federal. Os setores se mobilizarão para rechaçar a PL 4330, que se aprovada vai aprofundar a terceirização.
Também vão se manifestar a CUT, UNE e MST e sindicatos e movimentos sociais que apoiam o governo, os quais, além das demandas contra a PL 4330, vão se mobilizar em defesa do governo e contra o golpe que acreditam estar em marcha por parte de setores da direita.
No entanto, os movimentos que se aglutinam no Espaço de Unidade e Ação afirmam não estar nem com o governo nem com os setores que pedem o impeachment. Para eles é necessário a formação de um terceiro bloco, independente tanto do governo quanto da oposição. O entendimento é que tanto o PSDB, onde governa, quanto o PT, aplicam medidas de ataque aos direitos dos trabalhadores.
Os servidores federais preparam mobilizações por aumento salarial, contra os cortes de verbas, além de outras demandas. Já nesta terça-feira estão previstas algumas paralisações em universidades, que podem se ampliar nos próximos dias. Não está descartada uma greve nacional do setor caso o governo Dilma mantenha sua política de cortes de verbas na educação.
Já centrais sindicais como a Força Sindical e a UGT se organizam junto a setores empresariais para propor emendas ao projeto de lei que ampliará a terceirização, e não participam de nenhum dos protestos desta semana.
Entre os setores que apoiam o governo e aqueles críticos ao mesmo, existem poucos pontos de unidade. Os setores governistas sequer citam nos seus sites a mobilização dos servidores públicos federais, que pode complicar ainda mais a vida de Dilma.
Mesmo ambos os setores sendo contra a PL 4330, cada um vê de forma diferente a terceirização. A CUT, por exemplo, defende outro tipo de regulamentação, que deixaria a terceirização como é hoje, restrita aos setores entendidos como atividade-meio (limpeza e portaria, por exemplo). Já centrais sindicais oposicionistas, como a CSP/Conlutas, se opõem à PL 4330 e defendem o fim da terceirização, e não a sua regulamentação.
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