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GREVE: SAÚDE PÚBLICA DE MG | Trabalhadores da saúde em MG estão em sua terceira semana de greve contra os ataques de Zema

Os trabalhadores de 10 hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais estão em greve desde 15 de janeiro cobrando de Romeu Zema o pagamento do 13º para toda a categoria, dentre outras reivindicações.

quinta-feira 30 de janeiro de 2020 | Edição do dia

A despeito da postura do governo Zema e da direção da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), os trabalhadores de 10 hospitais de BH e região já estão há mais de quinze dias de greve. Neste tempo, os trabalhadores têm se deparado um governador que é cúmplice dos planos de Bolsonaro de precarizar ainda mais a vida dos trabalhadores e que prioriza a repressão em detrimento da saúde e da educação, e com uma direção da Fundação que tenta de todas as formas atacar o seu direito de greve com mentiras e distorções.

Na última quinta, 23, estiveram na Cidade Administrativa para uma reunião com o governo referente ao pagamento do 13º para toda a categoria. Os grevistas fizeram uma assembleia no local, marcharam até o prédio que esconde Romeu Zema e lá fizeram uma série de denúncias para que o governador escutasse. Além de denunciar a situação grave em que se encontram os servidores, muitos endividados sem receber o 13º, e justificar suas outras reivindicações como a gratificação da ajuda de custo, os grevistas, que são a maioria mulheres e negras, não pouparam o governador de ouvir sobre a situação em que se encontram os hospitais, nem deixaram de pontuar que esse desmonte forçado da saúde pública tem por trás os objetivos de privatizá-la, o que os trabalhadores também são contra nas suas pautas de greve.

Assista: Juventude Faísca direto da Cidade Administrativa com os trabalhadores da Fhemig em greve

Na sexta-feira se depararam com mais uma calúnia vinda da direção da Fhemig, acerca da suposta ilegalidade da greve. Desde o início, a postura da Fundação era de não reconhecer a greve nem a Asthemg/Sindipros como um sindicato que represente a categoria. O Esquerda Diário conversou com um professor da UFMG e especialista em direito do trabalho, Gustavo Seferian, que desmentiu a Fhemig e confirmou a legalidade da greve. Após essa notícia viralizar entre os grevistas, a direção da fundação retrocedeu em suas mentiras, mas se aproveitou de uma liminar judicial para voltar a alegar a ilegalidade da greve. Não era disso que a liminar tratava, e sim da escala especial que a lei determina que o serviço de saúde cumpra, mesmo em greve.

Nesta segunda, o movimento grevista voltou a marchar na Cidade Administrativa, dessa vez com o movimento Somos Todos Colônias, usuários do SUS que foram cobrar de Zema o devido tratamento que merecem os trabalhadores que cuidam da saúde da população.

Foto: Asthemg/Sindipros

Ontem, por determinação de uma liminar judicial, aconteceu uma Audiência de Conciliação. Ainda não há repasses oficiais, mas a greve continua e há previsão de próximas reuniões entre o sindicato e a direção da Fhemig.

O Esquerda Diário apoia ativamente esta greve. No Estado marcado pela lama, enchentes e contaminações graves, os trabalhadores da saúde têm uma importância primordial. Para Zema, a vida da população não importa frente aos seus planos de ataques, que só servem aos grandes empresários. Por isso chamamos toda a população a apoiar esta greve, e aos sindicatos e entidades estudantis que disponibilizem suas forças para articularem medidas de solidariedade para massificar esta greve e unificar com outras categorias como os trabalhadores da educação e a juventude, que no ano passado foram linha de frente da luta contra Bolsonaro e Zema.




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