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RIO GRANDE DO NORTE | Trabalhadores da saúde do RN entram em greve contra cortes de Fátima Bezerra (PT)

Os servidores estaduais da área da saúde do Rio Grande do Norte são a primeira categoria a entrar em greve por tempo indeterminado no estado, cuja mobilização terá início no dia 5 de fevereiro, quando será realizado um ato unificado ao conjunto dos servidores do estado em frente à Governadoria.

segunda-feira 28 de janeiro de 2019 | Edição do dia

O conjunto dos servidores do estado vem sofrendo com não pagamento dos salários de novembro e dezembro de 2018, além de não terem recebido o seu 13º de 2018 e de 2017. Soma-se a isso a decisão da recém empossada governadora do RN, Fátima Bezerra, de parcelar os salários de janeiro e fevereiro, aceita pelo Fórum de Servidores.

No último dia 21, por via de um decreto, a governadora ainda suspendeu o direito a licença-prêmio, que garantia a servidores com estabilidade um período de licença remunerado, mas que foi revogado no dia 23 graças à resposta organizada dos servidores.

A situação é desastrosa para a saúde do estado, em que servidores sequer tem dinheiro para ir trabalhar, o que pode levar a problemas como falta de funcionários para atender pacientes, que já ocorreu no ano passado, devido ao mesmo problema com atraso de salários.

Além do descaso com os servidores, o governo do estado segue colocando a conta da crise para ser paga precarizando ainda mais a saúde do estado. A cena de hospitais lotados, longas agendas para realização de atendimento e cirurgias, já é parte da rotina e cada vez tem se agravado mais.

O hospital Walfledo Gurgel, um dos maiores do Rio Grande do Norte e que atende não somente a população da capital, mas das cidades do interior, tem deixado cada vez mais pacientes em macas amontoadas nos corredores, faltado com insumos e medicamentos, e deixado filas com mais de 1,3 mil pacientes que necessitam passar por um procedimento cirúrgico.

Por essa situação que o Esquerda Diário desde já se solidariza com a greve dos servidores do estado do Rio Grande do Norte e repudia a política de Fátima Bezerra (PT) de colocar a conta da crise do estado nas costas dos servidores e da população que depende da saúde pública. Uma política que segue administrando a crise capitalista do estado aos modos que o ex-governador se propôs de, através do Plano de Recuperação Fiscal, sucatear os serviços públicos e privatizar o que for possível. O estado de calamidade financeira do RN foi decretado como primeira medida de seu mandato, mas só aponta pro caminho de seguir descarregando a crise nas costas da classe trabalhadora.




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