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USP | Trabalhadores da USP aprovam adesão ao 14J contra a reforma da previdência e os cortes na educação

Os trabalhadores da USP reunidos em assembleia neste dia 5 de junho aprovaram paralisar as atividades no dia 14, aderindo ao chamado das centrais sindicais de um dia de greve geral contra a reforma da previdência. A unidade com estudantes é fundamental.

quinta-feira 6 de junho de 2019 | Edição do dia

Foto: Imprensa do Sintusp

Nos dias 15 e 30 de maio, milhões de estudantes foram as ruas contra os cortes e ataques de Bolsonaro à educação. Denunciavam também a nefasta reforma da previdência, usada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, como chantagem: a aprovação da reforma em troca do fim dos cortes. Essa juventude em luta pelo seu futuro foi um sopro de vida que tocou os trabalhadores já calejados pelos diversos ataques que vêm sofrendo.

O governo Bolsonaro, assim como o chamado Centrão liderado por Rodrigo Maia e o STF de Dias Toffoli, tentam estabelecer um pacto em torno da aprovação da reforma da previdência. Querem descontar nas costas dos trabalhadores a crise financeira. Contam com a benção do mercado financeiro, que sinaliza com bons olhos esse frágil pacto em torno do compromisso de aprovação de um ataque que significará trabalhar até morrer nos piores postos de trabalho. Portanto, nenhuma reforma da previdência!

É preciso lembrar que hoje o desemprego já chega à 13 milhões de brasileiros. Soma-se a isso quase 30 milhões de subocupados. Na juventude, o desemprego chega à 30%. É nesse cenário desolador que Bolsonaro ataca a educação para roubar da juventude o futuro. Nesse sentido, os trabalhadores da USP levantam como uma demanda urgente contra o desemprego: a necessidade que se divida as horas de trabalho entre todos sem redução de jornada. Trabalhar menos para que todos trabalhem.

Os trabalhadores também lembraram o papel que as centrais sindicais e do movimento estudantil cumpriram, tentando separar a luta contra os cortes de Bolsonaro da luta para derrotar a reforma. A potência da unidade entre trabalhadores e estudantes é temida por aqueles que são o freio da luta. Por isso, os funcionários da USP elaboraram uma carta dirigida aos estudantes fazendo um chamado para que se unifiquem às ações do dia 14, com o fechamento do portão principal nas primeiras horas da manhã e passeata pela Vital Brasil em seguida e a tarde em incorporação ao ato geral chamado no Largo da Batata às 16 horas. O dia 14 precisa ser um dia ativo de luta, com paralisações e manifestações de rua onde a classe trabalhadora e a juventude mostrem sua força.

Para organizar uma forte paralisação do dia 14 de junho e a luta contra a reforma da previdência e os ataques à educação, a assembleia orientou reuniões em todas as unidades da USP,além da retomada do uso dos coletes vermelhos que foram parte da campanha salarial.

A luta contra a reforma da previdência não se encerra no dia 14 de junho. É necessário que as centrais sindicais tenham um plano de lutas que inclui a convocação de milhares de assembleias em todos os locais de trabalho. Também é necessário que os trabalhadores e a juventude tomem a luta contra a reforma nas mãos para que não fiquem a mercê de direções burocráticas ou traidoras, mas que possam ser sujeitos da luta. Por isso, os trabalhadores da USP fazem um chamado que as centrais sindicais e do movimento estudantil organizem um comando nacional de luta , com delegados eleitos nos locais de trabalho e estudo para que a luta contra a reforma da previdência possa triunfar. Os trabalhadores também apontaram a necessidade que, como parte do plano de lutas, as centrais convoquem um Ocupa Brasília e organizem uma greve geral por tempo indeterminado.

Veja o boletim publicado nesta quinta-feira:




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