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DOENÇAS OCUPACIONAIS | Trabalhadores conheçam e tomem cuidados com as doenças ocupacionais

Elenice Rocha, trabalhadora do bandejão, fala das doenças ocupacionais, frequentes em diversos trabalhos, inclusive nos restaurantes da USP.

segunda-feira 22 de agosto de 2016 | Edição do dia

Geralmente começamos a nos preparar e nos programamos para ingressar no mercado de trabalho logo após a conclusão do ensino médio, mesmo porque, com a precarização da educação, a grande maioria dos filhos da classe trabalhadora, não consegue chegar ao ensino superior.

Então, como começamos ainda muito jovem – devido aos desmandos desse sistema capitalista e seus últimos governos que tão somente defenderam os interesses da classe burguesa, culminando este último em um grande golpe, que deixou mais de 11milhoês de trabalhadores desempregados – não atentamos para as doenças que começamos a adquirir desde cedo com o trabalho precário, exaustivo e abusivos aos quais quase sempre somos submetidos.

A precarização do trabalho, sempre foi a principal porta de entrada para várias dessas doenças que acomete milhões de trabalhadores todos os anos em todo o mundo. São esses mesmos trabalhadores que enfrentam todos os dias as péssimas condições de transportes dominado pelos " senhores do capitalismo ",que deixam sua saúde se agravarem em muito chão de fábrica, enquanto seus patrões, grandes empresários elitistas , se favorecem e enriquecem com os lucros, frutos cada vez mais da mão de obra barata e cada dia mais disputada pelos pobres e negros vítimas desta sociedade capitalista que explora e massacra o trabalhador que já está cansado de tanta opressão e submissão ao patrão.

A terceirização dos trabalhos primários os e mais pesados, têm se tornado um problema ainda maior para a categoria, pois essas empresas visando somente seus lucros contratam "cada, vez menos, para se fazer cada vez mais”, explorando e sobrecarregando o trabalhador que, com medo de perder o emprego, acaba perdendo a sua saúde.

Vários são os relatos de trabalhadores que se permitem trabalhar doente, porque têm medo de ir ao médico, temendo as repressões e suas consequências que podem terminar em demissões.

Todos os anos, milhares de trabalhadores são diagnosticados com doenças adquiridas em seus ambientes de trabalhos, devido às más condições e a precarização em seus postos de serviços. Do ponto de vista legal, essas doenças devem ser consideradas como qualquer outro acidente de trabalho.

No Brasil as lesões mais recorrentes são: LER - que são as lesões por esforços repetitivos, Dort -distúrbio osteomusculares relacionado ao trabalho e Doenças respiratórias como: Asma/Bissinose/Siderose/Antracose/Silicose- são as doenças causadas pela inalação involuntária de partículas, geralmente pelos trabalhadores da construção civil, que lidam direto com cimento, com madeira, couro, etc. que acumulam muita poeira. Também pelas partículas eliminadas nas minas de carvão e ferro e o algodão nas indústrias têxtil. Também existem as doenças de pele, a surdez a perda da visão stress a depressão a síndrome do pânico, entre tantas outras.

As doenças psicossociais acabam afastando o trabalhador das suas funções e muitas vezes também do seu convívio social e familiar. É preciso ficarmos atentos pois a maioria dessas doenças aparecem de forma silenciosa e se não forem descobertas precocemente, podem trazer lesões irreversíveis, impossibilitando o trabalhador e o afastam do das suas funções.

Portanto, trabalhadores e trabalhadoras é preciso atentar aos menores sinais de alerta e procurar ajuda médica e levar imediatamente ao conhecimento do seu médico de segurança do trabalho.

Basta de adoecer trabalhando!

Por condições dignas de trabalho!




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