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CORONAVÍRUS: USP | Trabalhador terceirizado da USP, que era do grupo de risco e não foi afastado do trabalho, é mais uma vítima da covid-19

Nesta quarta-feira o Sintusp, Sindicato dos Trabalhadores da USP divulgou em sua página no Facebook, a morte do trabalhador Manoel Nunes de Souza, vítima da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Manoel trabalhava como segurança terceirizado do MAC, Museu de Arte Contemporânea da USP, no Ibirapuera, pela empresa Albatroz.

quarta-feira 8 de abril de 2020 | Edição do dia

De acordo com a nota do sindicato, Manoel era parte do grupo de risco e estava trabalhando em esquema de revezamento. Outro trabalhador do MAC também está contaminado e segue internado.

Desde o início da crise, denunciamos a postura da USP de não garantir o afastamento dos trabalhadores terceirizados, especialmente do grupo de risco, mas também daqueles que não prestam serviços essenciais, além da falta de EPIs para os que continuam trabalhando.

Veja aqui: Trabalhadoras terceirizadas da USP: Vão esperar até quando para liberar a gente? Quando tiver uma trabalhadora morta?

Essa morte escancara a crueldade da terceirização que, além da diferença salarial e de direitos, faz com que trabalhadores terceirizados diante de uma pandemia mundial, sejam tratados de forma diferente dos funcionários efetivos.

É urgente que a reitoria da USP garanta a liberação de todos os trabalhadores, efetivos ou terceirizados, que fazem parte do grupo de risco. A USP e a empresa Albatroz são responsáveis!

No Hospital Universitário da USP, HU, a reitoria insiste e não liberar o grupo de risco. Mesmo aqueles com suspeita de terem contraído a doença sofrem com a resistência do hospital em afasta-las do trabalho, conforme denunciamos aqui

Toda solidariedade à família e amigos de Manoel Nunes de Souza!

Reproduzimos abaixo a nota de pesar publicada pelo Sintusp:

NOTA DE PESAR

O Sintusp manifesta seu pesar pelo falecimento do companheiro Manoel Nunes de Souza, mais uma vítima do Covid-19, funcionário da vigilância do MAC Ibirapuera, da empresa terceirizada Albatroz. O colega Manoel estava trabalhando em esquema de revezamento, e mesmo sendo parte do grupo de risco não havia sido dispensado para quarentena.

Expressamos nossa solidariedade à família e aos colegas de trabalho do funcionário Manoel.

Reforçamos nossa cobrança para que a USP garanta, junto às empresas terceirizadas, que os trabalhadores terceirizados sejam dispensados para quarentena, sem prejuízo de vencimentos, e naquelas atividades que não for possível dispensa total, que aqueles que façam parte do grupo de risco (acima de 60 anos ou com doenças crônicas como diabetes e hipertensão) sejam imediatamente dispensados e não façam parte das escalas de revezamento.

No mesmo MAC estamos sabendo de um outro colega, também trabalhador da Albatroz, que está internado com Covid-19. Portanto é urgente que a reitoria e todas as direções de unidades e institutos tomem medidas, caso contrário serão cúmplices do adoecimento e mortes de mais trabalhadores da universidade.
Companheiro Manoel, presente!

O Esquerda Diário tem acompanhado as denúncias referentes a situação dos trabalhadores da USP, efetivos e terceirizados, em meio a pandemia. Mande suas denúncias para o Esquerda Diário pelo email [email protected] ou mande mensagem de texto, áudio, vídeo pelo whatsapp 11 97750-9596.




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